Em reunião com líder do governo, movimento docente reivindica reabertura de diálogo

Nesta quinta-feira (18) ocorreu uma reunião entre o Fórum das ADs e o deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do bloco do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O encontro virtual, convocado pelo deputado, foi fruto da luta do movimento docente para retomada da mesa de negociação permanente. Ficou encaminhado que o líder da maioria na Alba fará a intermediação da questão com o Secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, na perspectiva de agendar uma próxima reunião.

Na oportunidade, os (as) professores (as) pontuaram a necessidade de um calendário de discussão que comece com o tema das filas de Dedicações Exclusivas (DE) e Estatuto do Magistério Superior. Rosemberg não se negou a articular o diálogo com o governo, mas ponderou que uma reunião para debater a pauta de reivindicações 2021 não seria oportuno nesse momento devido a conjuntura. O Fórum contra argumentou. Na opinião do movimento docente, as demandas das universidades são parte das próprias necessidades da conjuntura em defesa da ciência, pesquisa e combate ao negacionismo. Afirmou ainda, que existem questões da pauta que tratam apenas de vontade política sem implicar em orçamento.

“Entendemos que as universidades são muito importantes para ajudar a Bahia a enfrentar esse período pandêmico. Reabrir o diálogo é um ganho para as duas partes. Queremos dar continuidade ao acordo de greve com a manutenção da mesa de negociação permanente, debatendo as pautas das universidades estaduais. Essa é a nossa prioridade. Mas estamos abertos também a discutir com o governo qualquer demanda que envolva a defesa da vida e enfrentamento à Covid-19. Contudo, para ambas as coisas acontecerem, é preciso diálogo”, argumentou Arturo Samana, coordenador do Fórum das ADs.

O Fórum também pontuou a questão da volta às aulas presenciais, com os altos índices de disseminação da Covid-19. Para as Associações Docentes, voltar às aulas presenciais sem garantia de vacina para professores (as) e estudantes, significa colocar em risco a vida de milhares de pessoas envolvidas com o setor da educação e suas famílias. “Considerando que as universidades estaduais pensam a educação da Bahia, formam alto percentual dos (as) professores (as) que atuam em todo o estado, as Associações Docentes almejam participar das discussões que envolvem esse tema”, demarcou Ronalda Barreto, diretora da Aduneb.

A expectativa do Fórum das ADs é que o governo e seus interlocutores se sensibilizem e reconheçam a demanda dos (as) docentes. Há nove meses as Associações Docentes lutam para que o diálogo seja retomado através de envio de ofícios e tentativas de contatos telefônicos com o governo e seus interlocutores. “Aguardamos uma nova conversa com possibilidades de avanço”, defendeu Samana, coordenador do Fórum.

Fórum das ADs