Live da CSP-Conlutas e Intersindical e atos simbólicos reforçam caráter classista e de luta do 1° de Maio

Pelo segundo ano consecutivo, a pandemia impôs adaptações às manifestações do 1° de Maio. No Brasil, para evitar aglomerações e a disseminação da Covid-19, as atividades foram realizadas nas redes sociais ou em forma de atos simbólicos. A CSP-Conlutas, entidades e movimentos filiados estiveram presentes em vários protestos.

Em todas as mobilizações, o repúdio ao governo de Bolsonaro e Mourão deu a tônica. Afinal, a política negacionista deste governo de ultradireita tem penalizado brutalmente com a morte, a fome e o desemprego a classe trabalhadora brasileira. Por vacinação imediata para toda  a população, por um lockdown nacional com auxílio emergencial digno aos trabalhadores e apoio aos pequenos comerciantes da cidade e do campo e o Fora Bolsonaro marcaram as principais reivindicações das mobilizações.

Outros temas como a luta contra as privatizações das estatais, contra a Reforma Administrativa e contra a volta às aulas presenciais nas escolas em meio à pandemia também fizeram parte das bandeiras de luta deste dia.

1° de Maio classista, sem governos e sem patrões

Nacionalmente, o ato-live organizado pela CSP-Conlutas e a Intersindical – Instrumento de Luta foi um contraponto ao ato organizado pela CUT, Força Sindical e demais centrais, e honrou o caráter de independência classista, de luta e internacionalista do 1° de Maio.

Ao invés inimigos e algozes dos trabalhadores que participaram do ato realizado pelas centrais majoritárias, o ato da CSP-Conlutas e Intersindical contou com a participação de representantes de várias entidades sindicais, movimentos populares e sociais do país.

Importante categorias em luta, como trabalhadores da Saúde, da Educação, dos Correios, químicos, do funcionalismo público, metalúrgicos, entre outras, além de movimentos de luta contra a opressão, por moradia, de defesa dos povos originários, participaram do evento.

Houve ainda falas da Pastoral Operária de SP, e organizações políticas como o PSTU, PSOL, MRT e Unidade Classista e participações internacionais, tais como do México, França, Espanha e Itália.

Confira a íntegra da live:

Atos, carreatas e faixaços

Em várias cidades, o 1° de Maio também foi marcado com atos simbólicos, carreatas, faixaços.

Em São José dos Campos (SP), por exemplo, a manifestação aconteceu na portaria da empresa metalúrgica Sun Tech, fornecedora da LG. As operárias e operários da fábrica estão em greve desde o dia 6 de abril numa forte e importante luta em defesa dos empregos.

Foto: Roosevelt Cássio/Sindmetalsjc

Com faixas, bandeiras e falas no carro de som, os participantes cobriram de solidariedade a greve das trabalhadoras da Sun Tech, Blue Tech e 3C, montadoras da LG que devem encerrar as atividades ainda este mês e demitir mais de 400 funcionárias (os).

A manifestação também foi marcada por críticas à CUT, Força Sindical e outras centrais que dividiram seus atos de 1º de Maio com políticos que sempre ficaram do lado dos patrões, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Baleia Rossi (MDB).

“Nosso ato tem a nossa cara, porque está sendo feito por trabalhadores e entidades de luta. Aqui não tem patrão e político corrupto. Hoje é o Dia do Trabalhador, uma classe sofrida e explorada. Não confiamos nos governos; confiamos na luta”, afirmou o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Os dirigentes também fizeram duras críticas à política genocida do governo Bolsonaro. “Não aceitamos a fome, não aceitamos o que está acontecendo neste país. Neste sentido, exigimos: Fora Bolsonaro e Mourão”, concluiu Janaina dos Reis, do Movimento Mulheres em Luta, filiado à CSP-Conlutas.

Confira alguns dos protestos realizados neste 1° de Maio:

 

 

 

 

 

 

 

Via cspconlutas.org.br