Fora Bolsonaro: Adusb fortalece protestos durante o 29 de maio

No sábado (29) a população brasileira foi às ruas em todo o país para dar um basta ao governo Bolsonaro e Mourão. A Adusb fortaleceu os atos públicos em Itapetinga e Vitória da Conquista. Em Jequié, realizou doação de 130 cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social.

O ato público em Itapetinga teve concentração na Praça Dairy Walley e seguiu em cortejo pelo centro da cidade. Em Vitória da Conquista o protesto aconteceu na Praça 9 de Novembro, com participação de diversos sindicatos, coletivos, partidos políticos e movimentos sociais. A atividade em Jequié foi realizada com apoio do MTD, Sindipetro e Consulta Popular. Os alimentos orgânicos foram produzidos pelo MST e doados para famílias dos bairros Joaquim Romão, Caixa D' Água, Mutirão do São Judas e Pau Ferro.

Fora Bolsonaro e Mourão!

29 de maio foi o dia “escolhido pela classe trabalhadora brasileira para ir às ruas. Não porque somos negacionistas, mas porque não suportamos mais conviver com tanto descaso de um governo assassino, de um governo genocida”, ressaltou Suzane Tosta, vice-presidente da Adusb. “Nós estamos aqui por aqueles mais de 450 mil que sucumbiram, que morreram pelo descaso. Nós estamos aqui por aqueles que neste momento estão nos leitos dos hospitais lutando pela vida. Nós estamos aqui pelos muitos que morreram sem oxigênio. Um genocídio planejado! E o senhor Bolsonaro deixou muito claro que sua especialidade era matar, então hoje estamos aqui para dizer que ou nós tiramos aquele genocida, ou ele vai matar todos nós”, afirmou.

“Estamos aqui para denunciar, dizer fora Bolsonaro, fora Mourão. Porque quando a gente diz fora a esse governo genocida, nós estamos dizendo sim à vida. Nós estamos dizendo sim à população que está sofrendo. Nós estamos dizendo sim para que essa população também tenha direito de ter uma vida digna”, defendeu Sandra Ramos, secretária geral da Adusb.

O 1º vice-presidente do ANDES-SN, Milton Pinheiro, esteve no ato de Vitória da Conquista e reiterou que é preciso “colocar em cada praça, em cada rua, no campo e na cidade, a denúncia do que os fascistas, coordenados por Bolsonaro, estão fazendo. Eles estimulam a morte. Eles estimulam a antivacina. Eles negam a ciência. Eles destroem a universidade. Eles atacam a educação básica e o ensino superior. O Brasil não terá futuro. A juventude trabalhadora não conseguirá emprego. O povo não terá como sobreviver se não afastarmos decididamente esse governo genocida, que nega os direitos do povo trabalhador de nosso país”.

Cortes na educação

Durante as atividades do Fora Bolsonaro, a Adusb denunciou os cortes da educação em nível federal e estadual. Na avaliação do vice-presidente da regional NE III do ANDES-SN, Marcos Tavares, “o projeto é destruir a universidade pública e já está em curso, em andamento, por esse governo federal. No caso do estado da Bahia, já vem acontecendo constrangimentos orçamentários há alguns anos e o governo mantém a política de constrangimento orçamentário, então a educação pública brasileira sofre diversos ataques. É importante que a sociedade se manifeste, lute para manter essas instituições públicas funcionando com o caráter que elas têm de permitir o acesso a toda população brasileira”.

Em defesa dos serviços públicos

O combate à Reforma Administrativa e a defesa dos serviços públicos também foram pautados durante as manifestações. A professora da UESB e militante da Unidade Classista, Márcia Lemos, apontou que não são os trabalhadores da iniciativa privada que estão à serviço da população mais vulnerável do país. “Relacionando com a conjuntura de desemprego, de auxílio emergencial, inclusive de R$ 150, com a população em situação de vulnerabilidade alimentar, em situação de rua, quando você olha para essa conjuntura, é um espanto ver o legislativo apontar uma Reforma Administrativa, que quer retirar o mínimo que ainda dá alguma condição de vida para as pessoas que estão em maior vulnerabilidade socioeconômica. Nós precisamos fazer uma disputa dura nas ruas, no nosso local de trabalho, nas escolas, nas associações de bairros, dentro das igrejas, para dialogar com a população para que a gente possa compreender que o serviço público é essencial para reprodução da vida das brasileiras e brasileiros”, afirmou.