População brasileira amplia mobilização pelo Fora Bolsonaro durante protestos em 3 de julho
Protesto na Estação Herzem Gusmão em Vitória da Conquista

Os protestos realizados em 3 de julho pelo Fora Bolsonaro reuniram cerca de 800 mil pessoas em mais de 360 cidades em todo Brasil. Manifestantes em 16 países também protestaram contra a política genocida do governo Bolsonaro. A Adusb participou dos atos públicos realizados em Jequié e Vitória da Conquista e ressaltou a importância da organização popular para a derrubada do presidente.

Durante a manifestação realizada na Praça Luiz Viana, em Jequié, o diretor de comunicação da Adusb, Hayaldo Copque, lembrou que já são “mais de 500 mil mortes. Muitas delas poderiam ter sido evitadas se ao invés de cloroquina, o presidente tivesse investido em vacina na hora certa! É um genocida que precisa sair urgentemente”.

Professores da UESB participam da mobilização em Jequié

Silvio Arcanjo, diretor sindical da Adusb, também participou do ato público em Jequié e alertou sobre o negacionismo, uma das características marcantes da política do governo Bolsonaro. “Um governo que desde o início da pandemia negou a existência da doença. Depois negou a necessidade de comprar a vacina. Um governo que disse que era contra a corrupção e hoje nós estamos vendo estampada em todas as manchetes a corrupção na compra de vacinas”, afirmou. 

Em Vitória da Conquista, manifestantes realizaram concentração no Centro Glauber Rocha e seguiram em marcha, buscando atender às normas de distanciamento social, até a Estação Herzem Gusmão, onde ocuparam uma das faixas do trânsito. O presidente da Adusb, Alexandre Galvão, ressaltou que “Vitória da Conquista é uma cidade da resistência" e que “a Bahia é a resistência! Hoje estamos todos juntos, juntos na luta, juntos na guerra. Não sairemos das ruas. Bolsonaro vai cair!”.

A importância da organização da classe trabalhadora nesse momento para pressionar pelo impeachment do presidente foi considerada fundamental pelo professor da UESB, Cláudio Félix. “Não tem ilusão em Congresso. Não tem ilusão em Supremo Tribunal Federal. Não tem ilusão nos empresários. Somente o povo trabalhador organizado, juventude na rua, vão poder dar fim a esse pesadelo, que levou mais de 500 pessoas nesse Brasil a falecer”, alertou.

O momento é de luto social e a postura desrespeitosa do governo com as famílias brasileiras vítimas da covid-19 foi considerada revoltante por manifestantes em protestos em diversas partes do país. A professora da UESB, Cleide Lima, declarou que “muitas mães sabem a dor de perder um filho, sabem a dor de ver um filho doente, enquanto esse governo não compra vacina na nossa cara. Debocha do sentimento de milhares de mães, de milhares de filhas e filhos que estão órfãos, que perderam mãe, que perderam pai, que estão perdendo a família contra uma doença que já existe vacina”.  

Para a vice-presidente da Adusb, Suzane Tosta, o povo está ocupando as ruas pelo Fora Bolsonaro “para denunciar o genocídio de mais de 520 mil brasileiros por um presidente que não quis comprar a vacina, que quer nos deixar sucumbir ao vírus, mas que também quer nos deixar sucumbir à fome, que está presente em mais da metade dos lares brasileiros”. A dirigente sindical também chamou atenção ao alarmante desemprego, que atinge quase 15 milhões de pessoas. A retirada do presidente significa uma questão de vida ou morte para a população brasileira, que “ou morre de vírus, ou morre de fome”.

 

Com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas