A força dos protestos do 24J mostram o avanço da luta pelo Fora Bolsonaro

Neste sábado (24), milhares de brasileiras e brasileiros foram às ruas para dar um basta à política de morte do governo Bolsonaro. Manifestações pelo Fora Bolsonaro aconteceram em mais de 400 cidades do Brasil e em 17 países. A Adusb participou das mobilizações do quarto dia nacional de protestos em Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista. Professoras e professores denunciaram os ataques da Reforma Administrativa (PEC 32), a morosidade na vacinação e a piora das condições de vida da população. 

Em Itapetinga, os manifestantes se concentraram no Paço Municipal portando faixas e cartazes contra o governo Bolsonaro. Um painel interativo foi disponibilizado para que participantes deixassem suas mensagens. “A Adusb participou ativamente do ato e lembrou que esse é um governo que tem um projeto de morte e destruição da democracia e do Estado! A PEC 32 é a morte do serviço púbico, prestados aos brasileiros e brasileiras, se for aprovada. Também teceu duras críticas ao governo do Estado da Bahia, com sua política de desvalorização do serviço público no Estado e sua política desastrosa de retorno híbrido das aulas, sem a vacinação de pelo menos 60 % da população.  Sigamos na luta, pois o governo e seus ministros são tão ou mais perigosos do que o vírus!”, ressaltou Andréa Gomes, vice-presidente regional da Adusb.

No ato público em Vitória da Conquista os participantes seguiram em cortejo da Praça Gualajara até a Praça 9 de Novembro. A atividade convocada pelo Fórum Sindical e Popular contou com um número expressivo de manifestantes, o que demonstra a indignação da população com o presidente genocida. Durante o protesto, a vice-presidente da Adusb, Suzane Tosta, lembrou que “o governo recusou centenas, dezenas de vezes a compra da vacina para que ele pudesse negociar propinas. E agora nós sabemos, não foi só o negacionismo, foi a corrupção. É um governo corrupto, que deixa o povo sucumbir. Nós chegamos à marca de mais de 500 mil mortos. Uma marca que no mundo só foi superada pelos Estados Unidos, porque tinha também um presidente negacionista, fascista e que o povo organizado disse não e tirou do poder! E agora seremos nós que vamos tirar aqui do Brasil esse genocida!”.

Para a ex-professora da UESB, Dayse Maria Souza, o movimento docente tem papel fundamental nas lutas pelo Fora Bolsonaro, especialmente na denúncia da Reforma Administrativa, pois “a educação é um corpo de conversa das necessidades da sociedade. E a gente precisa reforçar que esse governo intensifica uma pauta privatista, que cerceia os direitos da população de forma geral. É o neoliberalismo que chega avançando, tomando corpo e mais do que isso: ele nega as condições mínimas e básicas de existência, então eu acho que os professores precisam estar na comissão de frente dessas lutas”.

A piora das condições de vida da população, especialmente a ampliação do desemprego, também foi indicada como bandeira de luta durante o dia nacional de protesto pelo Fora Bolsonaro. Josias Alves, professor da UESB, aponta que são “quase 15 milhões de pessoas desempregadas no Brasil. Além disso temos quase 30 milhões de pessoas vivendo na informalidade. É um governo que privilegia o desemprego, que privilegia o rebaixamento dos salários. Nunca o país teve uma taxa de salários tão baixa como estamos vivendo. Uma inflação que nós chegamos a quase 10% ao ano e nós só temos perspectiva de aumento no salário mínimo em torno de 4,5% para o ano de 2021. É um governo que é completamente contra a pauta dos trabalhadores. Completamente contra a redução das taxas de desemprego no país e isso só vem aumentando nessa crise, que é a pior crise da história do capitalismo”.

Em Jequié, professoras e professores da UESB somaram forças ao protesto realizado na Praça Luiz Viana por vacina, pão, saúde e educação. “Exigimos a saída desse capitão a serviço da morte, que segue arrastando o Brasil para o abismo do ódio, da mentira, da fome, do total retrocesso em relação à educação, cultura, direitos sociais, respeito à diversidade, dentre tantos outros aspectos. Bolsonaro consegue aliar crueldade e irresponsabilidade como ninguém e quem sofre somos nós, povo brasileiro. Por isso seguiremos na luta pelo impeachment desse genocida”, afirma Hayaldo Copque, diretor de comunicação da Adusb.