Adusb constrói greve geral contra a Reforma Administrativa
Docentes de Vit. da Conquista e Itapetinga fortalecem mobilização contra PEC 32

Nesta quarta-feira (18), professoras e professores da UESB paralisaram suas atividades para fortalecerem a greve geral das servidoras e dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32) e pelo Fora Bolsonaro. A mobilização nacional ocorreu em diversas cidades do país para alertar a população sobre os danos do projeto à saúde, educação, segurança e tantas outras áreas dos serviços públicos.

A manifestação em Vitória da Conquista foi convocada para a Praça 9 de Novembro pelo Fórum Sindical e Popular. O presidente da Adusb, Alexandre Galvão, abriu a atividade lembrando que “os servidores públicos do Brasil inteiro, de norte a sul, de leste a oeste, estão nas ruas junto com os movimentos sociais, os partidos políticos, contra a Reforma Administrativa. A necessidade da mobilização neste momento é absolutamente fundamental para barrar este processo de ataque à população e à classe trabalhadora”.

Docentes do campus de Itapetinga somaram forças ao protesto na cidade de Vitória da Conquista, já que não houve atividade local. Patrícia Cara, secretária regional da Adusb, considerou importante a construção da manifestação, pois a PEC 32 “ameaça os serviços públicos essenciais prestados, que são direito de todo cidadão e cidadã brasileira. As pessoas vão ficar sem acesso à educação pública, gratuita e de qualidade, dentre outros serviços essenciais, como saúde e segurança. E isso ameaça a vida da nossa população e ameaça o acesso à educação e formação de uma consciência crítica”.

Adusb protesta contra a Reforma Administrativa em Jequié

Em Jequié, as atividades aconteceram na Praça Ruy Barbosa, com a presença de sindicatos e movimentos sociais. Durante o protesto, as entidades ressaltaram a importância dos serviços públicos para a população. “O que seria de nós, brasileiros e brasileiras, se não fossem as instituições públicas, principalmente neste contexto de pandemia? Por exemplo, a FIOCRUZ, o BUTANTAN, estão aí a produzir vacinas, principalmente contra a covid-19. E lá estão funcionários e funcionárias, servidores públicos com qualidade e competência, que não foram colocados ali por nomeação e por isso não devem serviços a políticos”, afirmou Silvana do Nascimento, secretária regional da Adusb.

A dirigente sindical também chamou atenção à realidade das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação. “Nós, professoras e professores, estamos na frente da luta por educação de qualidade socialmente referenciada. Estamos enfrentando o ensino remoto, o ensino hibrido e, muitos, o ensino presencial. E não nos furtamos em realizar o nosso trabalho com qualidade, por isso estamos aqui defendendo o que é público, defendendo o que é do povo e, portanto, o que é nosso. Neste sentido, fora qualquer governo que se estabelece a partir de retirada de direitos dos servidores e de direitos sociais de toda população. Por isso, a Adusb sempre se faz presente, porque sabe que a luta é que muda a vida”.

A mobilização contra a Reforma Administrativa e pelo Fora Bolsonaro também levou a professora aposentada da UESB, Lélea Amaral, a ocupar as ruas de Jequié na quarta-feira (18). A docente afirmou que poderia estar em casa se resguardando da pandemia, mas fez questão de ir à atividade e teve a satisfação em presenciar a unidade entre trabalhadoras e trabalhadores.

“É um alento perceber que nossa luta, a luta que eu faço de minha vida, está tendo continuidade. É uma satisfação muito grande e nós estamos precisando mesmo nos organizar, nos unir, porque o inimigo é fraco, mas é terrível! Porque é cheio de artimanhas, mentiras! Tudo o que a gente está vendo é crueldade!  E nós não podemos de forma nenhuma admitir isso. Eu já tenho netas e netos. Eles também estão precisando seguir este caminho e ter como exemplo essa avó. Nós precisamos continuar firmes. Fora a ignorância! Fora a negligencia! Fora o negacionismo! Fora a crueldade!”, bradou Lélea Amaral.