28/10 e 20/11: CSP-Conlutas nas ruas contra reforma administrativa, o racismo e por fora Bolsonaro

Os preços não param de subir. Nesta terça-feira (26) gasolina e diesel passam a valer mais caro novamente. No ano, a gasolina saltou em 73,4% de aumento e o diesel 65,3% nas refinarias. É um absurdo!

Além disso, o governo continua insistindo na reforma administrativa (PEC32) que pretende acabar com os serviços públicos, principalmente saúde e educação, assim como com a carreira, empregos, diretos e salários dos servidores e servidoras. Privatizações. A isso chama-se desmonte do Estado!

A situação está insustentável. Preços exorbitantes do gás de cozinha, do combustível e nos supermercados. Da carne bovina nem se fala, foram aproximadamente 30% de crescimento nos preços nos últimos doze meses; o frango também. Ossos bovinos; carcaça, pé e pescoço de frango, cortes que eram considerados “de terceira” se tornaram carne de “primeira” opção para muita gente. E a maioria não tem como pagar por eles. Isto porque até o pé de frango e pescoço subiram em média uns 20%. Inaceitável!

Mara Sales, moradora da ocupação Esperança, em Osasco (SP), confirma a impossibilidade da carne e frango entrarem na mesa dos mais pobres: “Logo quando a carne teve aumento, a turma não teve mais condições de comprar, pulou pro frango que agora também está com um preço abusivo”.

Essa é somente uma parte da situação trágica, que não abordou os mais de 600 mil mortos na pandemia colocando o Brasil em segundo lugar em números absolutos de mortes. Atrás somente dos Estados Unidos cuja população tem 120 milhões de pessoas a mais. E fica a frente da Índia, um país com mais de 1,3 bilhão de habitantes. O Brasil tem 213 milhões.

Beneficiamentos a militares, corrupção apontadas na CPI da Covid-19, Fake News e outras lambanças. Um show de horrores!

Infelizmente, diante de toda essa situação, precisaremos de um grande esforço para travar importante mobilizações. “Isto por que as Centrais Sindicais estão reivindicando o auxílio de 600 reais, mas não convocam uma Greve Geral para derrubar Bolsonaro; além disso, a campanha Fora Bolsonaro indicou mais nenhuma data para convocação contundente de novo dia de manifestações contra o governo”, lamenta o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.

Em reunião na última sexta-feira (21), a SEN (Secretaria Executiva Nacional) da CSP-Conlutas aprovou uma nota pública em que orienta entidades e movimentos da Central a fortalecerem o dia 28 de outubro, data nacional dos servidores públicos cujo mote é a luta contra a reforma administrativa; assim como impulsionar nacionalmente o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra e participar onde for possível das mobilizações que estiverem sendo convocadas nos estados para o dia 15 de novembro.

Preparar dia 28 de outubro contra a Reforma Administrativa

A CSP-Conlutas, juntamente com os servidores e servidoras publicas e entidades do setor ligadas à Central, tem como prioridade nessa semana preparar a quinta-feira, 28 de outubro, Dia Nacional dos Servidores e Servidoras Públicas, cujo mote principal é a luta contra a reforma da Previdência.

A atividade unificada por entidades nacionais de servidores e servidores, como o Andes-SN, e o Fórum das Centrais Sindicais na categoria pretende organizar um grande dia de luta em Brasília, assim como nos estados. São Paulo e Rio de Janeiro já estão com protestos marcados.

Manifestações em aeroportos locais no embarque de parlamentares para Brasília, panfletagens onde há trabalho presencial, ações virtuais e atos em diversos estados também estão marcando essa semana toda com lutas.

20 de novembro é Dia Nacional de Luta pela Consciência Negra

Uma outra data de fundamental importância marca o dia 20 de novembro – o Dia da Consciência Negra e da Marcha das Periferias.

Um dos segmentos da sociedade brasileira que mais sofre violência. De 2016 a 2020, a cada duas horas, um adolescente negro, entre 15 e 19 anos, morreu vítima da violência no Brasil.

34.918 mortes violentas de crianças e jovens no Brasil foram registradas nos últimos cinco anos. Destas, 31 mil vítimas tinham idade entre 15 e 19 anos. 80% delas (25.592) eram negras.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) foi realizado a partir de boletins de ocorrência registrados em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

“Eles continuam no modus operandi da escravidão. O que ocorre é uma pena de morte informal para os filhos da classe trabalhadora na periferia”, afirma o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Júlio Condaque, do movimento Quilombo Raça e Classe.

“Logo vamos entrar no novembro negro e teremos a Marcha da Periferia e o Dia Nacional da Consciência Negra. Nesse ano estamos com o tema aquilombar as lutas de raça e classe pela vida e por direitos! Não queremos ditadura nunca mais e nem escravidão! Fora Bolsonaro e Mourão!”, salienta Júlio.

 

CSP-Conlutas