Chega de enrolação! Servidores públicos vão pra cima pelo reajuste salarial de 19,99%

É hora dos servidores públicos esquentarem a mobilização por reajuste salarial. A entrega da pauta de reivindicações irá completar um mês, na sexta-feira (18), e até agora nada do governo federal iniciar as negociações. Por isso, assim como foi na luta contra a Reforma Administrativa, em 2021, o funcionalismo vai pra cima pelo reajuste de 19,99%.

Um ato será realizado em Brasília, na sexta, em frente ao Ministério da Economia. A data que marca o aniversário de um mês do silêncio do governo irá reunir representantes das centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, e demais organizações de servidores. Será possível acompanhar mobilização, a partir das 9h, pela página do Fonasefe no Facebook.

A mobilização também é mais um passo em direção a Greve Nacional dos Servidores que deverá ocorrer no dia 9 de março. Antes, as diversas entidades realizarão uma plenária nacional no dia 23, com o intuito de organizar as ações que deverão ocorrer nos estados e municípios.

Sem aumento há cinco anos, os trabalhadores e trabalhadoras do setor público reivindicam 19,99%, que corresponde as perdas salariais provenientes da inflação no período. Entre as reivindicações também estão o arquivamento da PEC 32 e a revogação da política de “Teto de Gastos” aprovada em 2017.

Estopim para a luta

O ano de 2021 já havia entrado para a história do funcionalismo pela magnitude alcançada pelas mobilizações contra a PEC 32. Na esteira desse movimento, iniciou-se as batalha pelo reajuste salarial, após jair Bolsonaro sinalizar que concederia a reposição apenas para policiais.

Aos integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Depen (Departamento Penitenciário Nacional) foram destinados R$ 1,7 bilhão na lei do Orçamento para garantir o aumento. Em resposta, outras categorias se levantaram exigindo a reposição.

Ainda em 2021, trabalhadores do INSS e do Banco Central iniciaram greves pontuais que deram início a mobilização. Agora, o desafio é construir um processo unitário de paralisação que afete todo o país.

Greve é o caminho

Como parte ativa desta mobilização, a CSP-Conlutas defende a proposta de paralisação nacional, com a inclusão de trabalhadores de outras esferas do serviço público (municipal e estadual), funcionários das estatais e trabalhadores da iniciativa privada.

Também é fundamental que haja a unidade com as demais lutas em curso no país, como o processo de greve pelo pagamento do Piso Nacional da Educação. Em diversos cantos do país, os servidores da Educação já estão de braços cruzados pelo cumprimento da lei que garante 33,24% de reposição.

Para isso, é preciso reforçar a necessidade da construção e fortalecimento de fóruns regionais estaduais e municipais para a organização dos trabalhadores. O processo de esvaziamento da luta, proposto e executado por algumas entidades sindicais deve ser denunciado.

Transmissão ao vivo

A campanha salarial unificada também será tema de uma transmissão ao vivo realizada pelo Setorial de Servidores Públicos da Central, na segunda-feira (21), a partir das 19h. Para acompanhar o debate basta acessar a página do Facebook da CSP- Conlutas.

Em pauta estarão os desafios que serão enfrentados pelo funcionalismo em luta, em um momento de reta final para a Greve Nacional dos Servidores. A união entre as categorias e outros planos de atuação para os próximos dia também serão discutidos.