Fora Bolsonaro: População vai às ruas contra a carestia

As ruas de mais de 70 cidades por todo Brasil foram palco da indignação da população com o governo Bolsonaro neste sábado (10). O crescimento da fome, desemprego, inflação, preço dos alimentos e combustíveis geram um cenário devastador para trabalhadores e trabalhadoras. A Adusb participou da atividade realizada em Vitória da Conquista pelo Fórum Sindical e Popular.

Sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais e populares se concentraram na Praça 9 de Novembro, seguiram em passeata pela Estação Herzem Gusmão, até o Ceasa Edmundo Flores. Uma panfletagem foi realizada para dialogar com a população sobre os ataques do governo Bolsonaro.

Conforme projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2020 a 2022 o aumento acumulado dos alimentos deve chegar a 40%. Em março, a inflação bateu novo recorde, o maior índice do mês dos últimos 28 anos. Os combustíveis também foram reajustados, com alta de 18,8% no preço da gasolina e 24,9% no diesel. 

O presidente da Adusb, Alexandre Galvão, avalia que as dificuldades atuais da conjuntura para docentes das Universidades Estaduais da Bahia são fruto da soma das investidas dos governos Bolsonaro e Rui Costa. “Nós, professores e professoras, tivemos ao longo dos últimos anos salário congelado e o ‘reajuste’ feito pelo governo Rui Costa não cobriu nem a inflação do ano passado. Os servidores baianos estão com um arrocho salarial severo e sofrem muito com a carestia. É importante que estejamos atentos à essa conjuntura porque ela nos atinge diretamente em virtude da política do governo federal e também pela política de arrocho salarial levada a cabo pelo governo estadual”, afirma. 

Os atos públicos realizados no dia 9 de abril fazem parte da organização nacional pelo Fora Bolsonaro, que o ANDES-SN constrói ativamente. Segundo as deliberações do 40º Congresso do ANDES-SN, é necessário continuar a mobilização nas ruas pelo impeachment. Alexandre Galvão considerou a atividade em Vitória da Conquista como vitoriosa e anunciou que outros atos serão organizados “para que a gente possa de fato derrubar esse governo negacionista. Um governo que não está preocupado com os anseios da população mais pobre e principalmente da classe trabalhadora”.