Professores das universidades estaduais paralisam aulas nesta quarta-feira

Os professores das universidades estaduais da Bahia, Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) vão paralisar as atividades nesta quarta-feira, 28.

Autonomia universitária, incorporação da CET, progressão e promoção de carreira e regime de trabalho, além da revogação da Lei 7.176/96, são alguns dos pontos elencados na pauta de reivindicação. Segundo informações da Associação de Docentes da Universidade Estadual da Bahia (ADUNEB), o objetivo da paralisação é "denunciar à sociedade o tratamento que o governo Wagner vem dando às Universidades Estaduais, principalmente no que se refere aos salários dos docentes".

Em texto divulgado nos portais da Aduneb e da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), os salários dos professores ocupam o penúltimo lugar entre os piores pagamentos das Universidades Estaduais do Nordeste, figurando entre os mais baixos do País.

Também no dia 28 está previsto um ato público dos professores da Uneb em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB) a partir das 10h. Às 14h, será realizada uma assembleia para votar o indicativo de greve.


Segundo Clóvis Caribé, coordenador de Educação Superior da SEC, em janeiro último, conforme negociações firmadas em 2007, os professores tiveram incorporado a seus salários a última parcela da gratificação específica, além do reajuste linear concedido aos demais servidores.

Ele negou que o movimento tenha entregue pauta em novembro, mas informou que estão em andamento concursos este ano que destinam 801 vagas para docentes nas quatro universidades, atendendo ao Projeto de Lei 11.638/2009, aprovado pela Assembleia Legislativa.  

Reivindicações

Em texto divulgado pela Adufs, a realidade nas universidades estaduais da Bahia é preocupante: faltariam professores, servidores, salas, equipamentos, residência e restaurante estudantil.

No caso dos professores da Uesb, esta é a segunda paralisação ocorrida no ano. No site da universidade, a confirmação da paralisação vem acompanhada da ressalva de que o motivo desse novo ato é o "silêncio do governo, que não abre o diálogo" para negociar a Incorporação Integral das Condições Especiais de Trabalho (CET). 

Segundo as associações dos docentes, essa reivindicação está na pauta da campanha salarial desde 2009.

Fonte: A Tarde On Line