Os professores da Uesb permanecem com o Indicativo de Greve diante do descaso governamental que somente agora, seis meses após o início da Campanha Salarial, decidiu receber as Associações Docentes para abertura das negociações. A decisão foi tomada em Assembleia Geral ocorrida nesta quinta, 13, no Campus de Jequié.
Após a explanação da diretoria sobre o andamento da Campanha Salarial, sucederam-se questionamentos da plenária, esclarecidos posteriormente com importantes discussões acerca do atual momento vivenciado pelo Movimento Docente. Nas palavras do presidente da Adusb, Alexandre Galvão, está evidente que “o governo vem conduzindo outra política para as Universidades, justificado pela ideia de que as instituições geram despesas e por isso propaga-se a proposta de federalização” conclamando os professores à luta “está na hora do movimento docente perceber isso e reagir”, disse.
A Adusb foi a primeira AD a aprovar o indicativo no dia 18 de março (Assembleia Geral em Vitória da Conquista) e novamente a categoria reafirmou a posição às vésperas do encontro com o governo, marcado para acontecer na tarde desta sexta, 14, na Secretaria de Educação. Ao defender a permanência, os professores lembraram que o momento não se trata apenas de questão salarial, mas aos direitos conquistados ao custo de muita luta ao longo da história. As demais ADs também se encontram com Indicativo de Greve aprovado.
A ingerência do governo por meio do Conselho de Política de Recursos Humanos (COPE) ao dizer quem deve ou não ser promovido ou ter o direito à Mudança de Regime de Trabalho foi novamente frisado como uma grave ameaça à autonomia das Universidades. Quanto a este assunto, a plenária entendeu que os problemas também têm ocorrido no âmbito interno, fruto do descaso da reitoria, uma vez que foram relatados exemplos de outras universidades baianas onde não existem as dificuldades encontradas na Uesb.
A assembleia aprovou que a Adusb e o Fórum das ADs massifiquem a Campanha de Mídia, passando a utilizar a televisão como mais um veículo para denunciar as péssimas condições salariais. Sobre o financiamento da Campanha, ficou acordado que os eventos serão suspensos imediatamente para o caso do São João e as festas do Dia do Professor e Final de Ano serão reavaliadas, próximo às datas.
Fonte: Ascom Adusb