Governo e Reitoria entram em contradição

Diretores e associados da Adusb - incluindo diretores de departamento - estiveram no aeroporto de Vitória da Conquista na manhã desta terça, 10, para cobrar do Secretário de Educação, Oswaldo Barreto, o agendamento de uma reunião com o Fórum das ADs a fim de discutir os direitos trabalhistas dos docentes que não estão sendo cumpridos pelo governo. Durante a conversa de 20 minutos, o gestor mais uma vez mostrou estar desinformado sobre o assunto apresentado.

 

O ato está inserido na programação do Dia Nacional de Luta organizado pela Central Sindical Popular (CSP) – Conlutas, em que trabalhadores de todo o país estão nas ruas reivindicando melhores condições de trabalho. À tarde o Fórum das ADs realizará um ato público no CAB, em Salvador, e protocolará a solicitação da reunião com o governo, enquanto as demais Associações de Docentes (Aduneb, Adusc e Adufs) darão entrada a um mandado de segurança contra o Estado. A Adusb entrou com uma ação no mês de julho e a justiça notificou o governo para prestar as explicações.

 

Ao detalhar a situação dos 105 pedidos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho dos professores da Uesb, o presidente da Adusb, Alexandre Galvão, afirmou que o Conselho de Política de Recursos Humanos (COPE), órgão ligado à Secretaria da Administração (SAEB), continua “atrapalhando a nossa vida e isso vem causando uma forte indignação no interior da universidade”. No entanto, o secretário afirmou categoricamente que “a SAEB não está prendendo os processos, mas que ela tem sido uma importante parceira da SEC”. Em seguida, garantiu que receberá o Fórum das ADs.

 

Mesmo diante do parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) favorável aos professores, recomendando a liberação dos pedidos, o governo tenta impor o período eleitoral como motivo de impedimento, e assim manter a política de ataque à autonomia das universidades. “Esses direitos estão assegurados ao professor no Estatuto do Magistério e não estão submetidos aos impedimentos do momento eleitoral, já que não representa aumento salarial”, disse Galvão, ao informar o secretário sobre o mandado judicial da Adusb. Receoso, o secretário propôs que não se efetivasse a ação para não emperrar as negociações, pois, segundo ele, na justiça não haverá prazo concreto para solucionar o embrólio.  

 

Governo e reitoria não se entendem

 

A informação de que o pagamento virá na folha retroativa a junho não foi bem recebida pelo coordenador da CODES (Coordenação de Desenvolvimento de Educação Superior), Clóvis Caribé, que desautorizou qualquer pessoa a falar sobre o assunto: “Eu recebi o meu pagamento retroativo referente a um ano. Meus colegas também têm que receber”, defendeu. O coordenador reafirmou que o pagamento será efetivado a partir da data da emissão da portaria.

O comunicado repassado pela administração da universidade demonstrou o desencontro entre governo e reitoria. Diante disso, o diretor da Adusb solicitou uma reunião entre as partes para esclarecer os questionamentos.

 

Fonte: Ascom Adusb