Professores protestam na Lavagem do Bonfim

A participação de professores, técnicos e estudantes das estaduais baianas na Lavagem do Bonfim abriu o calendário de mobilizações reservadas para o ano de 2011, numa demonstração da disposição de ir para luta na defesa de uma universidade de qualidade, já que o governador da Bahia provou, mais uma vez, durante o ano de 2010, que não está levando o ensino superior a sério,

Como manda a tradição baiana, a comunidade acadêmica seguiu o cortejo com fé na luta (como estampado em suas camisas), denunciando os graves problemas vividos pelas universidades. Entre eles, arrocho salarial, estrangulamento orçamentário, falta de ampliação do quadro de servidores técnicos e docentes que atendam a demanda de ensino pesquisa e extensão; falta de implantação de uma política de permanência estudantil, desrespeito à autonomia universitária, dentre outros.

Segundo a estudante da Uneb, Mylena Cruz, a manifestação foi uma forma de apelar às autoridades que priorizem as universidades estaduais, dando condições necessárias para a continuidade das atividades. “Espero que o governador tenha entendido nossa mensagem e nos receba para que possamos ter um ano letivo com o quadro de professores completo e que as outras reivindicações sejam resolvidas com urgência”, requere.

 

Esclarecendo à sociedade:

 

Cientes da necessidade de mostrar à população baiana o descaso do governo Wagner com a educação superior, representantes do Movimento Docente mostraram, por meio de faixas e cartazes, o que tem acontecido com as Universidades. Eles denunciaram à imprensa a situação salarial dos docentes que é a condição de pior salário do nordeste e a forma ardilosa como o governo “boicotou” o acordo da campanha salarial 2010.

Para o coordenador do Fórum das ADs (Associações Docentes), Gean Santana, essa participação na lavagem tem grande importância no sentido de denunciar a sociedade baiana a real situação que as Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) enfrentam, ao contrário da propaganda oficial do governo estadual. Desta forma, o Fórum das ADs, indignados com a situação, já elaborou para este ano um calendário de mobilizações e protestos e pretende continuar a luta.

 

Fonte: Ascom Fórum das ADs