Durante a Assembleia realizada na última quarta-feira (02/03), os docentes aprovaram, por unanimidade, INDICATIVO DE GREVE em resposta aos constantes ataques do Governo Wagner à autonomia das UEBA e a tentativa de calar o Movimento Docente por quatro anos.
Ao abrir as discussões sobre o acordo para Incorporação da CET, a diretoria contextualizou o impasse ocorrido no momento da assinatura do mesmo. Na reunião final o governo inclui cláusula impondo que “quaisquer outras reivindicações que impliquem em impacto financeiro serão objeto de discussão das próximas reuniões da Mesa Setorial, e, caso acordadas, terão seus efeitos financeiros a partir de 2015”. A cláusula foi entendida como uma tentativa de engessar a luta sindical por quatro anos e, por este motivo foi rejeitada.
Outro ponto que gerou uma ampla discussão foi o Decreto 12.583 e a Portaria 001 da SAEB,SEFAZ/SEPLAN que impõe o contingenciamento de verbas no serviço público, por exemplo, a suspensão de afastamento dos servidores para realização de cursos de pós-graduação, a suspensão da concessão da Dedicação Exclusiva (DE) e das Promoções e Progressões na carreira, além de estabelecer cortes em relação ao orçamento de 2010. Desta forma, a ADUSC entrará com uma ADIN (Ação direta de Inconstitucionalidade) e através do Fórum das ADs será marcada uma reunião com o Fórum de Reitores para discutir sobre a situação nas UEBA e articular com outros setores do funcionalismo público uma mobilização para pautar uma luta para revogação do decreto.
Em seguida, foram aprovados os seguintes encaminhamentos: Levantamento das exonerações que ocorreram durante o governo Wagner; Levantamento dos processos de solicitação de DE promoção e progressão que estão emperrados; panfletagem na UESC no dia 17/03, divulgando a comunidade acadêmica a situação das UEBA e PARALISAÇÃO no dia 30/03, com ato em Salvador em frente a governadoria, às 10h.
Além destas questões, a diretoria da ADUSC demonstrou-se indignada com a atitude da Reitoria na Aula Inaugural, onde o presidente, Valter Silva, foi convidado a compor à mesa sem se quer ter recebido convite, nem como presidente e nem como professor da UESC. “Essa é a segunda vez que a Reitoria comete essa injustiça com o sindicato dos docentes. Não podemos aceitar que continuem desrespeitando a nossa entidade”, desabafa Valter. A assembléia deliberou por um pedido de esclarecimento sobre o fato.
Fonte: Ascom ADUSC