Assembleia aprova continuidade da Greve

Com 123 presentes à Assembleia Geral ocorrida nesta sexta, 13, no campus de Jequié, a categoria docente da UESB decidiu manter a greve que já está em seu 40º dia. Os professores também discutiram como deve ser o relacionamento junto à Assembleia Universitária a partir da preservação da autonomia de cada categoria aprovando os pontos de discussões que unificam o movimento dentro da Assembleia Docente, além de terem a autonomia de decidirem quando devem entrar ou sair da greve.

Durante a avaliação do movimento paredista, a nova proposta da cláusula foi rejeitada em todo o seu conteúdo (veja aqui) sem que se apresente uma nova contraproposta de redação. Para os professores, mesmo com o corte de salário numa tentativa de  minar a luta, o governo foi surpreendido com a força da greve, uma vez que inicialmente afirmou não negociar com a categoria paralisada, mas repensou a proposição e vem mantendo diálogo com o Fórum das ADs. A plenária lembrou ainda que a greve na UESB não é somente em decorrência do desfecho da Campanha Salarial 2010, mas também por conta do Decreto 12.583, pela ampliação da verba para permanência estudantil, ampliação do quadro e as questões da Pauta Interna (veja aqui a Pauta Geral da Greve). Foi deliberado que qualquer tentativa de patrulhamento do governo deve ser refutada e que acordos devem ser assinados mesmo durante a greve.

Categorias devem ser autônomas


Ao discutir a relação das assembleias das categorias com a Assembleia Universitária (AU) alguns professores apresentaram diversas dúvidas e mostraram-se confusos quanto ao procedimento e o significado da AU, lembrando que os servidores não se encontram em greve. Com isso, o encontro proporcionou um rico debate acerca do papel de cada categoria na instituição e a forma como elas devem se relacionar e participar da AU. Na votação da primeira proposta acerca deste ponto, os professores voltaram a reafirmar a importância da AU, mas ressaltaram sobre a necessidade da preservação da autonomia de cada categoria e de não estarem subordinadas à AU. Por reconhecer a AU enquanto espaço político, sobretudo, no tocante ao debate de assuntos comuns às categorias, a plenária indicou que a Assembleia Docente discuta internamente os pontos que unificam o movimento para que posteriormente sejam levados à AU. Finalmente, foi votado que as categorias devem ter autonomia para discutir a entrada ou saída da greve quando avaliado necessário.


Recursos da Comissão de Ética

Duas questões foram remetidas à Assembleia Geral como recurso à decisão da Comissão de Ética do Comando de Greve. A primeira foi a ratificação da decisão da própria Comissão acerca da liberação do estágio supervisionado. Já no que diz respeito ao Programa de Formação de Professores, a plenária entendeu que não há prejuízo para os alunos e que a greve também é uma luta e toda luta é pedagógica. Por isso, referendaram a decisão de não liberar a realização das aulas.

A plenária também aprovou a realização de um Ato Público no próximo dia 20, às 15h, na região do Shopping Iguatemi, em Salvador. No entanto, devido à longa duração da reunião, o ponto de encaminhamento foi remetido para apreciação do Comando de Greve, que se reunirá na próxima terça, 17, às 9h, no campus de Vitória da Conquista. No mesmo dia, com início às 14h, está agendado o Conselho Universitário (Consu), no auditório do CAP.

Encaminhamentos para discussão pelo Comando de Greve

Proposta de outdoor: Por que a UESB não tem dotação orçamentária? De quem é a responsabilidade?

Interditar o trânsito na BR 116;

Fechar a BR 324;

Impedir a normalidade das atividades administrativas na UESB;

Ocupar a DIREC;

Ocupar o Fórum e o Ministério Público;

Garantir o direito de defesa aos professores que ocupam cargos no governo da Bahia e tiveram seus nomes expostos em outdoor.

 

Alterada às15:15h de 16/05/2011