Professores da Uefs protestam contra o Governo do Estado na Câmara

O professor Jucelho Dantas, coordenador da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), ocupou a Tribuna Livre na Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira (18), para relatar as motivações que levaram os professores das quatro universidades estaduais da Bahia a entrar em greve há mais de um mês.

Segundo Jucelho, o governador Jaques Wagner tem adotado uma série de medidas que desagradam a categoria e desrespeitam a autonomia universitária. Entre essas ações governamentais, ele fez referência a redução do percentual da receita líquida de impostos estaduais que são investidos na educação superior. “Desde 2009, houve uma queda de 28,96% para 26,92%”, informou.

O professor da Uefs disse ainda que o Governo do Estado paga atualmente o penúltimo pior salário entre todas as universidades públicas estaduais da região Nordeste e, além do mais, recentemente apresentou uma cláusula que congela os salários dos professores até 2015. “Este governo não respeita nem a autonomia universitária, nem o estatuto do magistério superior. Eles se especializaram neste tipo de postura”, criticou.

O representante da categoria pediu aos vereadores que produzam e encaminhem um documento ao governador Jaques Wagner solicitando, em nome do Poder Legislativo feirense, que acelere o processo de negociação com os professores, a fim de que as reivindicações dos docentes sejam atendidas e as aulas retomadas com a maior brevidade possível.

Servidores também reclamam

A Tribuna Livre também foi ocupada pela servidora Conceição Dantas, representante do Sindicato dos Servidores Técnicos e Administrativos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que apresentou algumas das principais reivindicações da categoria.

Segundo ela, o governador Jaques Wagner está reduzindo as gratificações dos trabalhadores e não concedeu reajustes reais desde que assumiu a administração estadual, no começo de 2009. “O Governo Wagner não cumpriu as promessas que fez na época de campanha”, reclamou. Como forma de pressionar o Estado, os servidores suspenderam as atividades da Uefs por 48 horas (dias 18 e 19), a exemplo do que já havia acontecido na semana passada.,

Fonte: Câmara Municipal de Feira de Santana