A Assembleia Geral dos professores da UESB ocorrida nesta quinta, 19, no campus de Itapetinga, deliberou que o Comando de Greve terá a prerrogativa e autonomia para tomar as decisões necessárias com a intenção de proporcionar agilidade às negociações do Movimento Docente com o governo. Além disso, a categoria também aprovou uma redação para o Decreto 12.583/11 que será remetida para discussão no Fórum das ADs.
Durante a avaliação da proposta de redação da cláusula que será apresentada ao governo na próxima semana, a categoria voltou a rechaçar a tentativa do governo em congelar os salários por quatro anos e deliberou pela apresentação de uma proposta sem mordaça. No entanto, o conteúdo só será revelado ao governo na reunião na segunda, 23.
Numa tentativa de evitar o segundo corte salarial, às vésperas do pagamento que acontecerá na próxima semana, será promovida uma ação mais radical com a ocupação da reitoria da UESB e, além disso, os professores vão exigir que a administração apresente as contas da Universidade, visto que, mesmo das sucessivas solicitações, até o momento, nada foi apresentado à Comunidade Acadêmica.
A decisão tomada pelo Conselho Universitário (Consu) na última terça, 17, em impedir a publicação no Diário Oficial do Estado da lista dos professores que aguardam a promoção e progressão na carreira e mudança de regime de trabalho para Dedicação Exclusiva foi veementemente rechaçada pela plenária da assembleia. Foi deliberado que a categoria deve sensibilizar e orientar os diretores de departamentos acerca dos encaminhamentos e diretrizes da greve para que eles possam se sentir melhor esclarecido para se posicionarem no novo Consu já agendado para a próxima terça, 24, às 9h, no auditório no CAP.
A realização de assembleias semanais (decisão tomada no início do mês em Jequié) foi revista tendo em vista que os consecutivos encontros têm burocratizado o andamento do processo de negociação. A categoria compreendeu que as reuniões do Comando de Greve não só pode exercer essa função, assim como tem se tornado o espaço mais propício para a tomada de decisões mais urgentes. No entanto, foi mantido o estado de assembleia permanente para que as decisões mais cruciais sejam tomadas na instância superior da categoria docente.