Radicalização faz governo recuar

A semana de ocupação da Assembleia Legislativa com a realização de uma série de atividades proporcionando visibilidade à greve com ampla cobertura garantida pela na mídia nacional (Bom Dia Brasil, Jornal Nacional, Hoje em Dia) foi um passo importante para que o governo recuasse com a sua intransigência ao ponto de trancar as negociações no dia 27 de maio e afirmar que não receberia mais o Movimento Docente.
A proposta consensuada como ponto de partida para reiniciar as negociações foi formulada pelo Fórum dos Reitores e apresentada aos professores na sexta, 03. No novo documento (veja aqui) o governo garantirá a incorporação da CET – pauta da Campanha Salarial – no período de quatro anos, conforme cronograma inicial, enquanto a mordaça será reduzida para dois anos com as discussões para novos ganhos reais garantidas em janeiro de 2013.  A proposta será apresentada oficialmente ao governo nesta segunda, 06, na Secretaria de Educação.
Mesmo com o aparente avanço nas negociações da campanha salarial, outro ponto de pauta da greve – Decreto 12.583 – continua em vigor e a sua revogação será novamente cobrada pelo MD. No encontro da última sexta, 03, com a presença do Secretário de Administração, Manoel Vitório, o governo sinalizou novamente que o assunto será tratado a partir da definição de um calendário de reuniões, mas garantiu que na próxima terça, 07, vai implantar os pedidos de Progressão e Promoção da UNEB, UESC e UEFS.
Por se tratar de uma situação delicada perante à insuficiência orçamentária, conforme revelado no início da greve, na UESB será necessário suplementação orçamentária. De acordo com explicações dos membros do governo, os pedidos de Progressão e Promoção serão atendidos por ordem cronológica. Quanto à mudança de regime de trabalho informou que somente efetuará após o final da greve. 
Na reunião desta segunda, o MD vai defender veementemente os itens estabelecidos na proposta da semana passada (veja aqui) na perspectiva de alcançar melhores condições no termo de acordo final e propostas efetivas para os efeitos do Decreto.

Foto: Emiriene Costa