UNEB: Assembleia aprova assinatura do Acordo

Na tarde de hoje, reunidos em assembleia, os professores deliberaram, por ampla maioria, pela assinatura do Acordo Salarial de Incorporação da CET e do Termo de Compromisso sobre o Decreto 12.583/11, apresentados pelo Governo no último dia 10/06. A categoria aprovou também a continuidade da greve até a assinatura do Acordo, uma vez que a categoria não confia no Governo que poderá apresentar, amanhã, no momento do desfecho das negociações, uma nova proposta. A reunião de assinatura do documento será nesta quarta, às 10 h. Haverá uma nova assembleia dos professores nesta quinta, às 13:30 h, no Departamento de Educação, para avaliar a saída da greve.

O Acordo Salarial prevê a incorporação de mais de 50% da CET até outubro de 2012 e a reabertura da Mesa Setorial em 08 de janeiro para negociação do restante das parcelas. O Termo de Compromisso estabelece uma primeira reunião para discutir soluções sobre o Decreto 12.483/11 com a presença do Fórum dos Reitores, Fórum das 12 (professores, estudantes e técnicos) e de representantes da SAEB, da SEC e da SERIN. Haverá reuniões bimestrais para dar continuidade às discussões, com possibilidade de realização de reuniões extraordinárias.

Tais documentos foram resultados de mobilizações e ações do movimento grevista, da radicalização com a ocupação da ALBA e das negociações com o governo, nas quais o comando de greve da UNEB sempre tensionou para avançar nas conquistas. Apesar do Governo afirmar, categoricamente, que não discutiria o Decreto, o movimento sempre rebateu que o contingenciamento de verbas para as UEBA era pauta fundamental do movimento e que também deveria pautar as negociações. Fruto deste tensionamento, o governo foi obrigado a apresentar um Termo de Compromisso sobre o Decreto. Além disso, problemas enfrentados pelos professores, como implantação dos processos de promoção, progressão e mudança de Regime de Trabalho, vividos há mais de dois anos sem solução, foram assumidos pelo governo como problemas que serão resolvidos imediatamente.

Para a maioria da assembleia, a proposta que será assinada não é a ideal, mas a possível, fruto de uma greve vitoriosa. Segundo a categoria, a luta não se iniciou e não se encerrou com o movimento paredista deflagrado no dia 26 de abril. As mobilizações devem continuar, pois outros problemas ainda existem no Ensino Superior Público. Destacou-se também a importância da unidade do movimento entre as ADs, técnicos e estudantes. Considerou-se a unificação da luta foi fundamental para o avanço do movimento ao longo da greve.

Fonte: Ascom ADUNEB