Bancários continuam em greve e intensificam mobilização

A categoria bancária está no décimo dia de greve com mais de 8.600 agências paradas nacionalmente. Na última sexta-feira (30/09) mais de 4 mil pessoas participaram do ato unitário  que ocorreu no centro cidade de São Paulo. Assim tem sido em várias cidades do país com atos unificados entre bancários, ecetistas e funcionalismo público em greve, dando visibilidade ao movimento.
Para arrancar uma boa proposta é preciso manter e ampliar a greve – A greve da categoria bancária está crescendo em todo o país. Os bancos, e em especial o Banco do Brasil estão praticando o assédio e a política antisindical como interdito proibitório e contingência. Mesmo assim a greve é forte e se amplia diariamente.
BRB e Banpará – O BRB (Banco Regional de Brasília) fez uma proposta, que concede dentre outros o índice de 17,45% sobre o salário base e 24,17% sobre a gratificação de caixa. A proposta foi aceita pelos seus funcionários.
O Banpará apresentou proposta, aprovada ontem em assembléia, de 10% sobre as verbas salariais, anistia dos dias parados e LICENÇA PRÊMIO de 5 dias, além dos 5 abonos anuais. Negociação específica no BB e CEF, já!
Por enquanto não há notícias de negociações com a Fenaban. No BRB e no Banpará, que têm  lucros bem inferiores aos outros, a luta mostra que os bancos têm condições de ceder um reajuste digno para todos os bancários. A Contraf-CUT deve buscar negociar as questões específicas com o BB e a CEF desde já.

Vitória na justiça no RJ – O sindicato de SP deve entrar com ação também
 
O Sindicato dos Bancários do Rio obteve duas vitórias importantes: a inconstitucionalidade do desconto dos dias parados e a derrubada do interdito proibitório. O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) está pressionando e apresentando proposta nas assembléia para que os Sindicato do Brasil inteiro também ingresse com as ações.

Unidade de bancários, trabalhadores dos Correios e do funcionalismo em greve


Os banqueiros e o governo são  quem mais trabalham contra a greve e   reivindicações nda categoria. OBanco do Brasil foi primeiro a recorrer ao interdito proibitório e faz assédio moral chantageando com o desconto dos dias parados. Para fazer frente às práticas antisindicais é preciso recorrer à unidade dos trabalhadores.
Na quinta-feira passada, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, funcionário do Banco do Brasil e ex-sindicalista, disse à impressa que os trabalhadores dos Correios, em greve há 15 dias, eram intransigentes por não aceitar o desconto dos dias parados. Sabemos que a intransigência é do governo que se nega a respeitar o artigo 9º da Constituição.
Os trabalhadores em greve devem se unir para obrigar o governo Dilma a reconhecer o direito de greve, transformando o discurso em prática: “Se o Brasil cresceu, os trabalhadores querem o seu”.

Fonte:
CSP-Conlutas