Servidores são recebidos pelo governo e negociação deve começar em março

 

A unificação da luta como forma de quebrar a intransigência do governo marcou os discursos das várias entidades presentes nesta quarta-feira (15) no lançamento oficial da campanha salarial 2012 dos Servidores Públicos Federais (SPF), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que reuniu cerca de 300 lideranças nacionais dos servidores.

Em reunião realizada entre representantes das entidades e do governo, foi firmado o compromisso de que a próxima reunião, já para negociar a pauta conjunta dos servidores, será realizada na primeira semana de março, com data ainda a ser definida.

Após concentração no Espaço do Servidor, os manifestantes seguiram para o prédio do Ministério do Planejamento, na expectativa de serem recebidos pela ministra Miriam Belchior. Seis entidades dos servidores (CUT, CSP-Conlutas, ANDES-SN, CNTSS, Fenasps e Asfoc) foram recebidas pelo Secretário Executivo da pasta, Valter Correa da Silva. Participaram também do encontro a secretária interina de Recursos Humanos, Marcela Tapajós, a nova Coordenadora de Negociações e Relações Sindicais do MP, Edina Rocha Lima, e o deputado federal Policarpo (PT/DF).

De acordo com Silva e Marcela, apesar da agenda sindical estar suspensa por conta da morte de Duvanier Paiva, as reivindicações das categorias já estão sendo estudadas com o objetivo de agilizar o processo de negociação.

Tanto Paulo Barella (CSP-Conlutas) quanto Pedro Armengol (CUT) expressaram a preocupação com a instabilidade do processo e a necessidade em se estabelecer uma agenda para discutir as demandas do fórum das entidades dos servidores.

Ao final da reunião, a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa, cobrou do secretário do MP uma data efetiva para início do processo. Acatando a sugestão feita por Marina, o Valter Silva se comprometeu a realizar uma nova reunião, na primeira semana do próximo mês, entre os SPF e o governo, independente da nomeação do substituto de Duvanier Paiva. 

Os servidores reivindicaram também que o governo se disponha a negociar com os representantes de todas as entidades nacionais, uma vez que o fórum é composto por 32 entidades das várias categorias do serviço público.

Fonte: Andes-SN