Assembleia aprova apoio às greves


Os professores da Uesb, em Assembleia Geral, realizada na segunda, 28, deliberaram por iniciar uma ofensiva contra as constantes ameaças do governo sobre as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e apoiar incisivamente as greves dos trabalhadores em educação da Rede Pública Estadual e dos docentes das Universidades Federais. 

Norteados pelos princípios gerais discutidos no Fórum das ADs, os professores ratificaram a abertura da Campanha Salarial 2012, já aprovada em encontro anterior, tendo como mote a equiparação salarial com os docentes das Universidades Estaduais do Ceará, que atualmente recebem os melhores salários na região Nordeste do país. Em conjunto, o Movimento Docente (MD) apresentará uma proposta de Projeto de Lei em contraponto ao PL insinuado pelo governo. A proposta descreverá as diretrizes da autonomia e financiamento das Ueba a partir da subvinculação do percentual de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o orçamento das instituições de ensino superior com revisão a cada dois anos de modo que atenda ao plano de expansão das Universidades e que o orçamento do ano seguinte jamais seja inferior ao do ano anterior.  

Para iniciar as ações, o Fórum das ADs veiculará a partir do mês de junho uma campanha de mídia denunciando as intenções do governo de reduzir o orçamento das Ueba e convocando a categoria para mobilização e participação no ato do 02 de julho, em Salvador. 

Ao discutir as greves na educação, a plenária referendou a moção de apoio divulgada pela diretoria no início da paralisação dos professores da rede estadual e, neste momento, com a deflagração do movimento paredista nas Universidades Federais, aprovaram a intensificação da denúncia quanto à política de descaso dos governos petistas com a educação pública.  Para isso, a categoria irá às ruas em um ato público na quarta, 30, em conjunto com outros sindicatos da cidade, além de veicular campanha em outdoor. 

Pauta Interna

Durante o debate sobre a Pauta Interna, novamente a plenária demonstrou a inquietação com a enrolação da Reitoria que insiste em não apresentar respostas concretas para as demandas apresentadas pela Adusb-Ssind. A categoria deliberou por tentar mais uma vez negociar com a Reitoria como última saída antes de iniciar uma paralisação. Foi constituída uma comissão que juntamente com a diretoria negociará as demandas com a Administração Central. Antes, a diretoria da Adusb-Ssind deverá promover reuniões com os diretores de departamentos para informá-los acerca da Pauta Interna. 

Representantes da Adusb-SSind em comissões 

Apesar de assembleias anteriores terem escolhidos os representantes da Adusb-SSind para diversas comissões, em comunicado recente, a Reitoria informou que a entidade precisava encaminhar os nomes para compor a Comissão de elaboração do Plano Diretor Institucional (PDI). Além disso, a Adusb-SSind estava sem representantes no Comitê de Avaliação Estudantil e precisava encaminhar os nomes para compor a comissão paritária com membros de todas as categorias para conduzir o processo de elaboração da Estatuinte. Os nomes para todas as comissões serão encaminhados para a Reitoria, assim como o pedido de adiamento do prazo para apresentação de sugestões ao relatório final do PDI.

Também foram eleitos o presidente Alexandre Galvão Carvalho como delegado e o diretor sindical Antonio Marcus Assis Lima como observador do 57º Conad do Andes-SN que acontecerá de 21 a 24 de junho, em Parnaíba (Piauí). O congresso tem o objetivo de avaliar o Plano de Lutas dos docentes das instituições de ensino superior aprovado para o período, apreciar as contas do sindicato e neste ano dar posse à nova diretoria do Sindicato Nacional.  

A assembleia também deliberou pela participação da Adusb-SSind nas reuniões da executiva estadual da CSP-Conlutas durante os próximos três meses, quando deverá ser realizada uma avaliação da atuação da entidade na Bahia e a permanência nesta entidade.