Cúpula planeja manifestações e divulga programação crítica à Rio+20

A Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental divulga datas e horários das atividades, que ocorrem a partir da próxima sexta-feira (15) no Rio de Janeiro. Sob críticas estarão as “falsas soluções da Rio+20 para a crise climática”.

A programação ainda não está completa, pois não inclui as atrações culturais e de algumas das 40 tendas montadas no Aterro do Flamengo. O local receberá o evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, até o dia 23 de Junho.

De acordo com a organização, a grade completa será divulgada nos próximos dias. Sandra Quintela, do Instituto Políticas Alternativa para o Cone Sul (Pacs), explica que o principal objetivo é visibilizar ao máximo os impactos do atual modelo de desenvolvimento.

Além de criticar “as falsas soluções para a crise de civilização da humanidade”, a ativista destaca que o evento também se propõe a apresentar “as alternativas que os povos já vêm construindo em seus cotidianos”. Sandra, que compõe a comissão de metodologia do evento, afirma que o desafio é “construir uma agenda de lutas para o futuro”.

A economista diz que “o evento oficial da ONU não avança no sentido de replanejar os modelos de produção e consumo” no mundo. Ela refuta a lógica de Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (REDD), um mecanismo internacional que negocia a capacidade que as árvores têm para capturar carbono.

Sandra explica que essa ação da natureza é transformada em título, que pode ser comercializado em mercados financeiros. De acordo com ela, a idéia cria valores econômicos para “florestas em pé”, o que “resulta em mais disputas por territórios preservados de povos tradicionais como quilombolas e indígenas”.

Para chamar atenção da sociedade, a Cúpula dos Povos planeja atos para o 20 de junho, Dia Global da Ação em Defesa dos Bens Comuns e contra a Mercantilização da Vida. Uma manifestação será realizada na Vila Autódromo, comunidade da Zona Oeste da cidade ameaçada pelas obras das Olimpíadas, e outra no Centro do Rio de Janeiro.

Fonte: Pulsar Brasil