Está encerrada a greve de professores das universidades federais. Entre esta segunda (17), quando completaria 4 meses, e até sexta-feira (21) as atividades devem ser retomadas em todas as instituições, segundo o sindicato nacional, Andes. A retomada das aulas foi decidida em assembleias locais durante a semana passada e após indicativo de suspensão do movimento. O balanço final pelo fim da greve foi feito neste domingo (16).
De acordo com a presidente do Andes, Marinalva Oliveira, a grande maioria das universidades indicaram pelo fim da greve - as poucas que optaram em manter a paralisação, também voltarão às aulas nessa semana devido ao indicativo do sindicato. A volta às aulas ocorre em dias diferentes, dependendo da universidades, mas até sexta (21), todas deverão ter retomado as atividades.
Mesmo reconhecendo que a greve não garantiu a conquista de nenhuma das reivindicações, Marinalva diz que "nós estamos hoje muito mais armados para lauta do que em 17 de maio, quando a greve começou". A presidente lembra ainda que o movimento foi o maior da história dos professores das federais. "Foi a maior greve da história, tanto em número de dias parados, quanto na quantidade de adesões", diz a presidente - apenas 2 universidades não entraram em greve. "Hoje temos um sindicato muito mais forte e uma base muito mais indignada com a política do governo e essa indignação vai fazer a gente manter a luta."
De acordo com Marinalva, a luta agora se dará junto aos parlamentares no Congresso Nacional na tentativa de reformar o projeto de lei 4.368/12 enviado pelo Executivo e que, na avaliação do Andes, descaracteriza o regime de trabalho de dedicação exclusiva, retira direitos e fere a autonomia universitária. "O governo não conversa com a gente. Continuaremos a luta no Congresso", diz Marinalva.
Reposição de Aulas
O Andes, diz Marinalva, defende a reposição total das atividades suspensas durante a greve. Mas a decisão de como se dará a reposição está a cargo dos conselhos universitários de cada universidade.
Fonte: Caros Amigos