Acordo é assinado e luta por autonomia e financiamento continua

Nesta quarta (6), a diretoria da Adusb e demais associações docentes das universidades estaduais se reuniram na Fundação Luís Eduardo Magalhães para a assinatura do acordo que prevê o calendário de incorporação da CET em maio, novembro e dezembro de 2013, bem como o reajuste salarial de 7% com parcelas em junho e dezembro de 2014. Após a assinatura, o movimento docente reafirmou seu compromisso pela continuidade da luta pela revogação da lei 7176/97,mínimo de 7% da RLI para as universidades, bem como formação do GT carreira e tencionou para marcação de reunião para discussão destes pontos.

Novo tensionamento precedeu a reunião para assinatura do acordo nesta quinta, isso porque o Fórum das ADs foi convidado a assinar o Acordo no Salão de Atos da Governadoria, o que gerou estranheza, pois o MD não vinha sendo recebido na governadoria. Na última vez que o MD para lá se dirigiu, no dia 03 de maio, para discutir o reajuste linear e mostrar seu desacordo, foi impedido de participar da reunião. Deste modo, o MD respondeu que não compareceria na Governadoria, mas que iria se dirigir a Secretaria de Educação para assinar o acordo aprovado nas quatro assembleias docentes. Por fim, o governo recuou e a reunião foi realizada na Fundação Luís Eduardo Magalhães, local onde ocorreram as reuniões de negociação, e o acordo salarial assinado por ambas as partes.

Leia o documento assinado.

Na ocasião, o Fórum das ADs pressionou os representantes governamentais para a assinatura de um termo de compromisso para agendamento de reunião no mês de julho para debate da carreira docente, financiamento e autonomia universitária.

A proposta de acordo salarial foi aprovada pela categoria no dia 4 de junho e representa ganhos para a categoria ante a conjuntura política atual de ataques à classe trabalhadora. A incorporação da CET em 2013 reforça a vitória da última greve e da campanha salarial 2012. A mobilização da categoria sinalizada com a aprovação do estado de greve, bem como a postura firme e coerente por parte do movimento docente foram fatores responsáveis pelo recuo do governo.

O presidente da Adusb, Marcos Tavares, acredita que “a proposta de acordo salarial arrancada do governo pelo MD, resulta da habilidade de negociação e da disposição para lutar sempre manifestada pelos docentes. A certeza que a greve se concretizaria no último dia 04 de junho, pois o MD não blefa, fez o governo apresentar uma nova proposta aceitável, a qual foi aprovada pelas quatro assembleias docentes das UEBA” e acrescenta ainda que “agora precisamos avançar nos outros pontos da pauta”.