Polícia militar de SP invade ocupação do MTST e prende sete pessoas

A Polícia Militar do estado de São Paulo invadiu na quarta-feira (29) a ocupação Carlos Marighella, no município de Carapicuíba, localizado na região metropolitana de São Paulo e prendeu sete pessoas no local. De acordo com nota pública do Movimento dos Trabalhos sem Teto (MTST), a polícia agiu de forma “truculenta” ao prender os militantes, os levando para o 1° DP de Carapicuíba. Mesmo após as prisões, os policiais da Força Tática da PM permaneceram no local com escudos e bombas ameaçando as famílias.

No comunicado, o MTST pediu solidariedade a entidades parceiros e ressaltou que “da nossa parte, não esmoreceremos por ações covardes e ilegais da polícia militar ou mesmo de agentes tucanos do judiciário que só são capazes de observarem a lei do ponto de vista dos ricos”.

No final da noite, os sete moradores da ocupação foram liberados. “Neste momento os companheiros detidos estão na ocupação Carlos Marighella participando de uma assembleia do movimento”, informou o movimento, em sua página nas redes sociais.

A proposta do MTST é garantir a destinação do terreno para Habitação Popular e atender as famílias ocupantes nos programas habitacionais. As famílias que ocupam o terreno estavam vivendo em áreas de risco, favelas ou sem condições de continuar pagando o aluguel por conta da especulação imobiliária.

Ocupação

No dia 27 de setembro, cerca de 500 famílias, organizadas pelo MTST, ocuparam um terreno de 97 mil m² abandonado há mais de 30 anos no município de Carapicuíba. A ocupação, que cresceu ao longo do mês e já conta com mais de 3 mil famílias,  foi batizada de "Carlos Marighella", um revolucionário que deu a vida contra a ditadura militar e perdeu sua vida numa emboscada das forças da repressão em 1969.

*Com informações do MTST

Fonte: ANDES-SN