Após chuvas, setores ficam alagados na Uesb
Fotos: Lhist

Devido à precariedade da infraestrutura da Uesb, laboratórios e salas ficaram alagados em Vitória da Conquista após as chuvas da última semana. Documentos, materiais e equipamentos foram danificados. O Laboratório de História Social do Trabalho (Lhist) e o Colegiado do Mestrado Profissional em Matemática (Profmat) foram alguns dos setores atingidos.

A hemeroteca do Lhist, um acervo de mais de 6.000 jornais das décadas de 70, 80 e 90, foi danificada pela chuva da quarta (12). O conserto do telhado do local em que os documentos estavam armazenados era reivindicado pelo laboratório há pelo menos três anos. Na semana anterior ao alagamento, a Uesb teria finalmente feito o reparo. Contudo, segundo a coordenadora do Lhist, Rita Pereira, o problema “deixou de ser goteira e passou a ser enxurrada”. Para secar os materiais, o Lhist tem utilizado ventiladores e secadores de cabelo.

A situação também se repetiu no Colegiado do Profmat. A referida sala está alojada no prédio da pós-graduação, inaugurado em junho de 2013, e já sofre com problemas de infraestrutura. Na segunda (17), os funcionários do setor foram surpreendidos com o desabamento do forro do teto, ocorrido provavelmente no fim de semana, e o consequente alagamento do local. Material de consumo, mobília, ar condicionado, computador, documentos e livros ficaram molhados. Devido à situação, o Colegiado tem funcionado de forma precária. Em ambos os casos a justificativa apresentada pela Uesb foi de entupimento da calha.

Veja as fotos do setor após o alagamento. 

Além da falta de manutenção adequada, a Uesb também apresenta outros graves problemas de infraestrutura. O Lhist, por exemplo, solicitou da Prefeitura de Campus a revisão da rede elétrica e a construção de um local adequado para a realização das atividades do laboratório, que armazena uma grande quantidade de documentos, inclusive da Justiça do Trabalho. Entretanto, a administração não respondeu às reivindicações. A coordenadora teme pela possibilidade de incêndio, pois há uma sobrecarga da rede elétrica na sala ocupada pelo laboratório.

Em relação ao apoio da Uesb, Rita Pereira afirmou que “[o Lhist solicitou] ajuda para tirar o material da chuva e eles responderam que todos os funcionários estavam no curral e que não poderiam vir”. A coordenadora também classificou a postura da Universidade como um “descaso absoluto”.

Fotos: Lhist e coordenação do Profmat