Nesta quarta (10 de dezembro), a comissão responsável por discutir e acompanhar o orçamento da Uesb se reuniu para construir uma proposta de distribuição de recursos para o ano que vem. Durante o debate, a “política do balcão” instaurada na Uesb foi denunciada. Um seminário para publicizar as questões orçamentárias será realizado no início do semestre letivo. O trabalho elaborado pela comissão será apresentado ao Conselho Superior (Consu) em 2015.
Na ocasião, a Assessoria de Planejamento apresentou as planilhas referentes aos orçamentos de 2013 e 2014. A partir do que foi gasto nos anos anteriores, os membros da comissão discutiram o que deveria ser enxugado, bem como o deve ser priorizado em 2015. Caso a proposta seja aprovada pelo Consu, a publicidade institucional, por exemplo, será reduzida de R$ 150 mil para R$ 20 mil. As atividades de pesquisa e extensão sofrerão incrementos em relação ao ano anterior.
A vice-presidente regional da Adusb e membro da comissão do orçamento, Soraya Adorno, defendeu uma mudança de postura da comunidade acadêmica em relação às finanças da Uesb. “Não adianta a gente demandar tanto tempo para fazer todo estudo do orçamento, se posteriormente as pessoas acabarem resolvendo suas demandas pessoais e de seus setores a partir da política do balcão”, afirma a docente.
É preciso ressaltar que a administração da Universidade também é responsável pela proliferação desse tipo de política ao atender tais solicitações fora dos trâmites adequados. Além disso, mesmo com os diversos problemas ligados à gestão de recursos na Uesb, como a falta de transparência orçamentária e a não implantação do orçamento participativo, é importante frisar que os recursos destinados às Universidades Estaduais são insuficientes para suas demandas. Por isso, o Movimento Docente reivindica, no mínimo, 7% da receita líquida de impostos para as Ueba. Dessa forma, a luta pelo orçamento deve ser realizada concomitantemente interna e externamente.