O fim de fevereiro se aproxima e o governo ainda não anunciou o reajuste linear deste ano, desrespeitando a data-base do funcionalismo público (1º de janeiro). Apesar de ter se reunido com a Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), na terça (25), o governo não apontou uma data para o pagamento.
Segundo matéria do jornal A Tarde, o governo sinalizou para um ajuste de 6,41%, percentual equivalente à inflação de 2014. Contudo, a fala do secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, sobre a necessidade de “agir com responsabilidade” em um ano “muito atípico”, lembra a posição do governo Jaques Wagner antes do anúncio do parcelamento do reajuste em 2013 e 2014. As assembleias docentes da Uesb, Uesc, Uefs e Uneb já se manifestaram como contrárias ao parcelamento e reivindicam o pagamento integral da reposição inflacionária.
Veja a pauta de reivindicações 2015.
Para o Movimento Docente, o pedido de cautela do governo para o pagamento de direitos é mais uma demonstração de desrespeito com os(as) servidores(as) públicos(as). Vale ressaltar que com tal protelamento, 34 mil funcionários(as) estão recebendo seus vencimentos abaixo do mínimo estabelecido nacionalmente (R$ 788). Enquanto os salários são corroídos pela inflação, as propagandas oficiais divulgam o superávit primário de R$ 1,13 bilhão no ano passado e perspectivas positivas para a economia baiana. Dessa forma, a postura do governo do Estado reflete seu descaso com a classe trabalhadora.
Fonte: Adusb com informações do A Tarde e Secom BA