Reitoria da Uesb não responde demandas do Movimento Docente
Ultima reunião realizada entre Adusb e reitoria em 6 de novembro de 2014

Diante da crise orçamentária instaurada nas UEBA, a Adusb solicitou da reitoria da UESB o agendamento de uma audiência pública sobre o orçamento da Universidade e reunião para discussão da pauta interna. O posicionamento sobre o decreto 15.924/15 e os documentos que subsidiem o debate nos departamentos sobre o orçamento 2015 também foram requisitados. Mesmo com a importância das questões para o Movimento Docente, bem como para a comunidade acadêmica em geral, a Adusb não recebeu qualquer resposta da administração. 

A demanda para a audiência pública foi apresentada pela assembleia docente realizada em outubro de 2014. Em reunião com a administração, no dia 6 de novembro do ano passado, o reitor da UESB, Paulo Roberto Pinto Santos, afirmou estar disposto a participar do evento para discussão da crise e do orçamento da Universidade. Devido a problemas de saúde do gestor, a atividade prevista para dezembro foi suspensa. No dia 2 de fevereiro, a Adusb encaminhou ofício para que uma nova data para a atividade fosse marcada. Sem retorno, o sindicato voltou a entrar em contato com a administração e não obteve resposta. 

Ainda no que se refere ao orçamento, o Conselho Superior (Consu) ocorrerá no dia 25 de março e discutirá as finanças da Universidade. Como forma de viabilizar o debate nos departamentos, a Adusb solicitou a proposta de aplicação do orçamento 2015, o quadro com a alocação dos(as) trabalhadores(as) terceirizados(as) nos setores da UESB e demais documentos que permitam o conhecimento da gestão dos recursos. O ofício foi encaminhado no dia 5 de março com caráter de urgência devido à proximidade do Consu. 

Em vista da publicação do decreto 15.924/15, que versa sobre a execução orçamentária de diversas entidades no âmbito do serviço público, a Adusb cobrou da reitoria, no dia 19 de fevereiro, um posicionamento sobre a questão. Em nota do Fórum de Reitores, publicada no site da UESB, o referido decreto é citado como um dos problemas enfrentados pelas Universidades. No entanto, a UESB não se posicionou formalmente como solicitado pelo sindicato. Para a Adusb, as restrições previstas no decreto se aplicadas às UEBA se constituem em mais um ataque frontal à autonomia universitária.   

O silêncio da administração permanece ainda no que se refere à pauta interna. Um pedido de marcação de reunião foi encaminhado em fevereiro e até o momento não há data prevista para realização. O entendimento da Adusb, defendida em diversas assembleias da categoria, é de que a superação da crise orçamentária só será possível com a luta no âmbito interno das Instituições e externo, contra a política de sucateamento promovida pelo governo.