Assembleia da Adusb aprova paralisações em outubro e indicativo de greve geral

Em assembleia realizada na terça-feira (11), professoras e professores da Uesb aprovaram paralisação de atividades nos dias 25 e 26 de outubro. A categoria também seguiu o indicativo nacional e aprovou a greve geral a partir da primeira quinzena de novembro.

Preparação para a greve geral

O Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos e da Educação (25 de outubro) é um chamado das centrais sindicais para construção da greve geral. O momento é grave! Direitos conquistados a duras lutas poderão ser destruídos. A segunda-feira (10) foi uma amostra de que senadores e deputados estão ao lado de Temer para fazer  a classe trabalhadora pagar a conta da crise. Neste fatídico dia, a PEC 241/16, que congela os gastos públicos pelos próximos 20 anos, foi aprovada com 255 votos de diferença no primeiro turno da Câmara. É urgente que toda a população se organize e ocupe as ruas para barrar os ataques aos direitos políticos, trabalhistas e sociais.

Vamos parar o Brasil!

Professoras e professores defendem a resistência da classe trabalhadora contra o ajuste fiscal aplicado por Temer e sua base parlamentar. É nesse sentido que a categoria aprovou a greve geral prevista para ser deflagrada na primeira quinzena de novembro

Conforme reunião realizada em 5 de outubro entre o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONSAFE), Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, as bandeiras de luta unificadas são: Todos às ruas, rumo à Greve Gera!; Contra as Reforma da Previdência, Trabalhista e o PLC 30 da Terceirização; Contra o PLS 54 (PL 257), PLS 204, a Pec 241, PL 4567 e MP 746; Contra o Ajuste Fiscal e pela Auditoria da Divida Pública e redução da taxa de juros; Em defesa do Emprego; e Contra a Lei da Mordaça e a Reforma do Ensino Médio.  

A mobilização nas universidades estaduais da Bahia

26 de outubro é Dia de Luta em Defesa das Universidades Estaduais da Bahia e dos Direitos Trabalhistas. A paralisação visa pressionar o Governo Rui Costa (PT) a atender as demandas da comunidade universitária. O movimento docente das quatro Universidades Estaduais realizará ato público na Secretária de Educação (SEC) e na Assembleia Legislativa. Apesar do aumento de quase R$ 12 milhões no orçamento da UESB no ano que vem, não está previsto o cumprimento de direitos trabalhistas, promoção e progressão na carreira não estão garantidas. O montante será destinado à manutenção, investimento e custeio e sequer repõe a inflação.

O Fórum das 12, reunido na quinta-feira (13), indicou o fortalecimento das paralisações pelas três categorias das universidades estaduais baianas e a construção de atividades para mobilizar e informar a comunidade universitária sobre os ataques dos governos estadual e federal.

A inércia do novo Secretário de Educação, Walter Pinheiro, e a indisposição política em solucionar o restabelecimento do adicional de insalubridade, expressam a falta de compromisso do governo Rui Costa com as Universidades e seus trabalhadores. O reajuste linear 2016 não foi concedido e a LDO 2017 também não prevê a reposição inflacionária. Consolidado este quadro, professores e professoras terão, no mínimo, 20% de perda em seus salários.

A hora é agora! Participe das atividades de mobilização!