MST denuncia invasão da PM na escola Florestan Fernandes em Guararema (SP)

O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) denuncia ação truculenta da polícia militar na manhã desta sexta-feira (4) na escola Florestan Fernandes, localizada em Guararema (SP). Segundo informações do movimento, “policiais chegaram por volta das 9h25, pularam o portão da Escola e a janela da recepção e entraram atirando em direção às pessoas que se encontravam na escola. Os estilhaços de balas recolhidos comprovam que nenhuma delas são de borracha e sim letais”. Os advogados do movimento foram acionados o que coibiu a continuidade da ação repressiva da polícia, que continua no local.

Para o membro do Setorial do Campo da CSP-Conlutas, o advogado Waldemir Soares Junior,  essa ação é inadmissível e é preciso denunciar. “As policias tucana do Paraná e de São Paulo deflagraram na manhã de hoje a Operação “Castra”, contra integrantes do Movimento Sem Terra (MST). Os supostos crimes investigados são: dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, entre outros. A Escola Nacional Florestan Fernandes  foi um dos alvos da operação onde segundo relatos preliminares dão conta da ação truculenta dos policiais contra estudantes e residentes, inclusive, sem amparo de autorização judicial. Esse fato, somado a outros Brasil afora, comprovam a perseguição do Estado contra os movimentos sociais e ativistas políticos”,  ressalta.

 

A ação foi realizada sem mandado judicial, o que é ilegal, informa o MST. Em nota, o movimento destaca que “repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo”.

 

A CSP-Conlutas repudia qualquer tentativa de coerção contra os movimentos sociais e se solidariza com os companheiros e companheiras do MST e soma esforços para denunciar a criminalização das lutas. Lutar é direito não é crime!

 

Confira o vídeo em que mostra a ação da Polícia Civil na Escola Nacional Florestan Fernandes, na manhã desta sexta-feira (4), publicado na página do Facebook do MST

 

Fonte: CSP-Conlutas