28 de Abril: Trabalhadores pararam o Brasil
Protesto em Vitória da Conquista

A Greve Geral desta sexta-feira, 28 de abril, apontou para a radicalização dos trabalhadores do país inteiro contra as medidas neoliberais do governo ilegítimo de Michel Temer, entre elas as Reformas Trabalhista, da Previdência e Terceirização. Metroviários, metalúrgicos, aeronáuticos, bancários, professores, petroleiros, portuários e servidores públicos de diversas categorias aderiram à mobilização nacional. Trabalhadores dos Correios também estão em greve por tempo indeterminado contra a privatização, demissão e retirada de direitos.

Manifestação em Itapetinga

Concentrados na Praça Barão Rio Branco, trabalhadores de diversos setores seguiram em marcha pelo Centro De Vitória da Conquista rumo à BR-116 em adesão à Greve Geral. Docentes da Uesb de Jequié e Itapetinga também participaram de manifestações locais juntamente com outros sindicatos e movimentos sociais.

Ato público em Jequié

Piquetes, panfletagens e muita disposição para a luta marcaram a mobilização. Professores e servidores das redes municipal, estadual e federal, bancários, rodoviários, setor de calçados, agentes de saúde e outras categorias suspenderam suas atividades. Diversas instituições privadas de ensino também aderiram ao movimento nacional.

Parlamentares atacam trabalhadores

Contrariando a vontade da população, na última quarta-feira, deputados federais votaram contra os direitos dos trabalhadores. Aprovada por 296 favoráveis e 177 contrários, o PL 6487/16, conhecido como Reforma Trabalhista, segue para o Senado Nacional. Ansiosos pela retirada de direitos, a proposta havia sido aprovada no dia anterior na Comissão Especial da Câmara pelos parlamentares e segue em regime de urgência.

Já a Reforma da Previdência tramita na Comissão Especial do Congresso Nacional e tem previsão para ser votada no dia 02 de maio. O novo substitutivo modifica as idades mínimas de aposentadoria para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens). Para se aposentar com o salário integral será preciso contribuir por 40 anos. Apesar disso, o substitutivo esconde novas armadilhas. Com a nova proposta, servidores que ingressaram no serviço público antes de 2003 perderão o direito à integralidade e à paridade na aposentadoria, o que não estava previsto anteriormente. É preciso continuar lutando para que a contrarreforma da previdência não seja aprovada.

Saiba mais.

28 de abril, foi o primeiro dia de greve geral em 2017. Não tem arrego! Os trabalhadores já mostraram sua disposição para luta e não permitirão que seu futuro seja rasgado por políticos corruptos aliados ao grande capital.