Assembleia debate crise nas UEBA e reforça necessidade de mobilização
Foto: Ricardo Lopes

Professoras e professores da Uesb, em assembleia realizada no dia 28 de agosto, mais uma vez mostraram sua indignação com o arrocho salarial, a crise nas Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) e a intransigência do governo Rui Costa, que se recusa a negociar a pauta do movimento docente. A paralisação de atividades, aprovada na assembleia anterior da categoria, foi agendada para o dia 27 de setembro, conforme indicativo do Fórum das ADs. Além das deliberações sobre a pauta estadual, a categoria elegeu a delegação para o III Congresso da CSP-Conlutas e aprovou doação para o Fundo de Solidariedade às/aos docentes das Universidades Estaduais do Rio de Janeiro.

Apesar das inúmeras ações do Fórum das ADs para pressionar a discussão da pauta de reivindicações, protocolada em dezembro de 2016, o governo tem se recusado a negociar com o Movimento Docente. Enquanto os problemas nas Universidades Estaduais da Bahia se agravam e a fila dos direitos trabalhistas aumenta a cada dia, os reitores incorporam o ajuste fiscal do governo às Instituições. Professoras e professores defendem reação a essas medidas internas de austeridade. Portanto, foi considerado imprescindível fortalecer o indicativo de greve e a unidade entre o Movimento Docente das quatro Universidades Estaduais. Com isso em vista, professoras e professores da Uesb farão paralisação com ato público no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, no dia 27 de setembro.

CSP-Conlutas

O III Congresso da CSP-Conlutas acontecerá de 12 a 15 de outubro, em Sumaré (SP), e definirá as diretrizes políticas da central sindical para os próximos dois anos. A assembleia aprovou a delegação da Adusb, composta pelos(as) docentes Márcia Lemos (delegada), Sérgio Barroso (delegado), Iracema Lima (observadora) e Jorge Nascimento (suplente).

Fundo de Solidariedade aos/às docentes das Estaduais do RJ

Foi aprovada por unanimidade a doação de R$ 10 mil para o Fundo de Solidariedade às/aos docentes das Universidades Estaduais do Rio de Janeiro, criado pelo Andes-SN. O valor será retirado do Fundo Permanente de Mobilização da Adusb, conforme autorizado pela categoria. A assembleia entendeu que, para além da solidariedade política, é preciso também demonstrar a material, fortalecendo assim a perspectiva classista. A perversa cartilha do ajuste fiscal, praticada também na Bahia, é reproduzida por vários governos estaduais, levando aos ataques às universidades estaduais em todo o país. Desde o ano passado, professoras e professores sofrem com a irresponsabilidade e desrespeito do governo Pezão (PMDB), que atrasa os salários do funcionalismo público do estado do Rio de Janeiro. Por conta da gravidade da situação, a assembleia entendeu também que, para além da doação feita pela Adusb, é importante reforçar a campanha de doações individuais.