25 de abril é dia de ato público contra o arrocho salarial e os ataques às Universidades Estaduais
Foto: Ascom Fórum das ADs

Em protesto contra o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos, professoras e professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) farão ato público em Salvador no dia 25 de abril. O governo #RuiCorta há 176 dias não se reúne com o Fórum das ADs para negociar. O movimento docente também reivindica mais investimento para as Universidades Estaduais, respeito aos direitos trabalhistas e reposição da inflação. Em 18 de abril a Adusb realizará assembleia para decidir se paralisará as atividades para participação na atividade em Salvador. Docentes sindicalizados que se interessem em somar forças ao protesto já podem disponibilizar nome nas secretarias do sindicato.

De acordo com Sérgio Barroso, presidente da Adusb, a atividade será importante para denunciar a situação dos docentes à sociedade. “As perdas salariais dos últimos três anos atingem duramente a categoria docente. Já há relatos de docentes em início de carreira que estão saindo da Universidade, pelo baixo poder aquisitivo do salário e pela demora no atendimento dos direitos, como promoção, progressão e mudança de regime de trabalho”, criticou Barroso.

O presidente também relatou dificuldades enfrentadas pela Uesb. “A crise orçamentária continua grave, apesar da reitoria tentar suavizar a situação. A Uesb acumula perdas no orçamento de investimento, manutenção e custeio da ordem de R$ 50 milhões, desde 2014, com sérios prejuízos para as atividades de ensino, pesquisa e extensão. O governo também se nega a realizar concursos e nem mesmo cumpre seu compromisso com as seleções simplificadas que ele mesmo autorizou. A situação é gravíssima e, como mostra a história das lutas sociais, somente a mobilização da categoria poderá reverter estes ataques”, afirmou.

Com o não pagamento da reposição inflacionária dos últimos três anos, as(os) servidoras(es) acumulam perdas salariais. Para repor estas perdas, o reajuste mínimo necessário é de 21,1%. Na prática, isso significa deixar de receber três meses de salário nos últimos três anos. Além disso, 882 professores(as) das UEBA estão com direitos trabalhistas negados. Na Uesb, são 188 docentes que aguardam por promoção, progressão e mudança de regime de trabalho.

No dia 20 de março, o Fórum das ADs voltou a protocolar documento na Secretaria de Educação (SEC) exigindo marcação de reunião em caráter de urgência. O subsecretário da SEC, Nildon Pitombo, se comprometeu a agendar uma reunião com a SEC e a SAEB, porém não trouxe nenhuma informação do governo a respeito das reivindicações apresentadas.