Contra o retrocesso e a precarização: Colegiados de Licenciaturas da UESB rejeitam edital de Residência Pedagógica

Em reunião realizada ontem, 28/03, as coordenações dos Colegiados dos cursos de Licenciatura da UESB decidiram rejeitar a adesão ao Edital Capes 6/2018, de residência pedagógica.

A reunião foi a última de uma série de três onde as coordenações discutiram a adesão aos editais Capes de Residência Pedagógica e do novo PIBID. Como a adesão só pode ser feita pela instituição, nenhum curso participará do edital de Residência Pedagógica. O presidente da ADUSB, Sérgio Barroso, considerou a decisão acertada. "A adesão ao edital significaria legitimar os princípios precarizantes que sustentam a política educacional deste governo ilegítimo. A reforma do ensino médio, a nova BNCC, são pilares dessa visão equivocada e distorcida do Ministério da Educação para as políticas de formação de professores."

Foi aprovada também a adesão ao Edital CAPES 7/2018, do Novo PIBID. Uma comissão composta na reunião irá elaborar uma nota de esclarecimento sobre as decisões.

Edital Capes: Retrocesso e precarização

O modelo de residência pedagógica adotado no edital Capes 6/2018 representa um retrocesso nos poucos e relativos avanços conquistados nos últimos anos em relação às políticas de qualificação da formação de professores. O Edital também desqualifica o Estágio Supervisionado, inclusive contrariando resoluções internas da UESB. Nem mesmo o aspecto financeiro das bolsas, utilizado por alguns para justificar a adesão ao Edital, está garantido. O edital garante somente 18 meses de financiamento e, na UESB, não existem garantias institucionais de contrapartida, devido a séria crise orçamentária por que passam as Universidades Estaduais Baianas nos últimos anos. 

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