Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

NOTA DO GTPCEGDS

25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Esse marco foi definido em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana. No Brasil, a lei n° 12.987/2014 regulamentou a data como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Teresa de Benguela foi uma líder quilombola do Mato Grosso no século XVIII, que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no período colonial brasileiro.

Por que comemorar essa data? Porque, mesmo passados 131 da Abolição da Escravidão no Brasil, pesquisa do IBGE de 2016 e 2017 aponta que 52,1 milhões de brasileiros, isto é, um quarto da população, vivem em situação de pobreza, com renda domiciliar per capita de R$ 387 por mês. Mais do que isso, a pesquisa aponta que são os negros e as mulheres os que mais sofrem com a pobreza no Brasil, em que 64% das pessoas em tal situação são mulheres negras, solteiras e com filhos. Além disso, o Mapa da Violência de 2015 apontou que o Brasil é o 5° país que mais mata mulheres no mundo. A Reforma da Previdência contribuirá para aprofundar as desigualdades e a pobreza das mulheres negras no Brasil! Por isso, é preciso chamar a atenção para as desigualdades étnico-raciais e de gênero existentes no nosso país e convocar nossa categoria para lutar pela garantia de direitos e de uma vida plena e digna para as mulheres negras, latino-americanas e caribenhas. Precisamos dizer NÃO ao racismo, ao machismo, ao feminicídio e a lesbofobia! Pela vida das Mulheres!