Atualizada em 1 de outubro de 2019 às 17h52
O setor da educação volta a agitar o Brasil em mais uma greve nacional nos dias 2 e 3 de outubro. Professoras e professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) paralisarão suas atividades por 48h para denunciar os ataques de Bolsonaro e Rui Costa.
O Ministério da Educação já teve mais de R$ 6 bilhões reduzidos do seu orçamento desse ano, causando enormes danos à educação pública. Mais de 11,8 mil bolsas de pesquisa foram cortadas e lançado o programa Future-se, para privatizar a educação superior. Na Bahia, as Universidades Estaduais continuam a enfrentar contingenciamento orçamentário. Cerca de R$ 6 milhões não foram repassados para a Uesb das verbas de custeio até agosto. Há desrespeito aos direitos trabalhistas e problemas na permanência estudantil. O governo Rui Costa já iniciou um projeto de privatização na educação básica que segue a mesma linha do Future-se.
“É fundamental que professores, estudantes, técnicos e a sociedade de modo geral se mobilizem em defesa da educação pública. Projetos de privatização de setores da educação estão em curso, tanto pelo governo Bolsonaro, com o Future-se, quanto por Rui Costa, com a abertura para organizações sociais nas escolas estaduais. Isso trará danos irreparáveis para a população. Não podemos esquecer também que as universidades estaduais permanecem com graves problemas orçamentários que colocam em jogo o desenvolvimento de projetos importantes que atendem à sociedade. A hora de dizer não, de dar um basta, é agora”, defendeu Soraya Adorno, presidente da Associação dos Docentes da Uesb (Adusb).
A greve nacional da educação já conta com a participação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), centrais sindicais e movimentos sociais. A adesão dos docentes da Uesb às mobilizações nacionais foi deliberada pela assembleia da Adusb do dia 18 de setembro.
Programação
2 de outubro
Ato Público - Concentração na sede da APLB às 8h30 (Itapetinga)
Roda de conversa - Sede da Adusb às 15h (Jequié)
Café Popular em Defesa da Educação Pública - Praça 9 de Novembro às 16h30 (Vit. da Conquista)
3 de outubro
Roda de Conversa "Os Ataques Neoliberais à Educação Pública” - Sede da Adusb às 9h30 (Vit. da Conquista)
Café Popular com prosa e aula pública - Alameda Rui Barbosa às 9h (Itapetinga)