Assembleia aprova mobilização em 18 de março
Docentes votam pela realização de atividades de mobilizações

Docentes da Uesb estarão mobilizados durante a Greve Nacional da Educação em 18 de março. A assembleia, realizada em 5 de março, considerou importante fazer a paralisação, mas avaliou que deve ser construída com as outras associações docentes. Nesse sentido, foi deliberado que a diretoria da Adusb fortaleça essa construção e avalie a condição de suspensão das atividades, observando o prazo indicado pela assessoria jurídica. Os docentes discutiram ainda o processo de negociação com o governo, pauta interna e composição dos grupos de trabalho.

18 de março

Serão construídas mobilizações locais em defesa dos empregos, da educação, dos serviços públicos, dos direitos e das liberdades democráticas. A convocação foi feita inicialmente por entidades do setor da educação, inclusive o Andes-SN, e atualmente conta com a construção das centrais sindicais.

A categoria defendeu que é preciso denunciar o arrocho salarial, o desrespeito aos direitos dos trabalhadores da educação, além da falta de investimentos públicos nas universidades. É preciso dar um basta às políticas de ataques de Bolsonaro e Rui Costa.   

Negociação com o governo

A última rodada de negociação aconteceu em outubro de 2019, quando o Fórum das ADs apresentou a posição das assembleias docentes de recusar a proposta de liberação de apenas 70% dos processos de dedicação exclusiva, por conta da cláusula de barreira dos dez anos para aposentadoria, bem como a imposição da carga horária mínima de 12h em sala de aula. O Movimento Docente se manteve firme na defesa do Estatuto do Magistério Superior, conforme decisão da categoria.

Diante da falta de autonomia dos representantes governamentais em avançar no debate, o Fórum das ADs passou a reivindicar a presença dos Secretários de Estado na mesa. Reuniões foram agendadas e desmarcadas continuamente, o que inviabilizou até então as discussões sobre a dedicação exclusiva e os demais pontos da pauta de reivindicação docente.

A assembleia da Adusb deliberou pela intensificação da luta contra os ataques de Rui Costa aos docentes das Universidades Estaduais Baianas e a denúncia da morosidade em seguir com a mesa permanente de negociação, prevista no acordo de fim de greve. Ainda que certas ações e/ou atividades de mobilização não obtenham consenso no Fórum das ADs, a Adusb deve realizá-las, desde que fortaleçam a luta da categoria.

Pauta interna

O debate sobre o acesso à creche da Uesb e a instrução normativa da reitoria sobre o assunto foi tratado pela assembleia. O ponto polêmico é que, pela nova regra, docentes só podem usar a creche do seu campus. A categoria defendeu o princípio da creche como direito da comunidade acadêmica que deve ser assegurado a todas e todos. Para que professoras e professores não sejam prejudicados/as, a assembleia deliberou que a diretoria da Adusb busque, em primeiro momento, uma mediação com a reitoria para que no ano de 2020 prevaleçam as regras de acesso anteriores à instrução normativa.

Também foi encaminhado que os Grupos de Trabalho de Política Educacional (GTPE) e de Políticas de Classe, Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) discutam a questão do acesso à creche para posterior apresentação em assembleia, a ser realizada ainda em março. 

Composição dos Grupos de Trabalho da Adusb

GT de Política Educacional – Jorge Costa do Nascimento; Iracema Lima, Hayaldo Copque

GT Carreira – Jorge Costa do Nascimento

GT de Política de Classe para questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual – Iracema Lima, Sandra Ramos, Hayaldo Copque

GT de Política de Formação Sindical – Marcos Tavares, Iracema Lima

GT de Comunicação e Artes - Hayaldo Copque

GT de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria - Ana Angélica, Jorge Costa, Alba Benemérita