Abolição da escravidão? O racismo estrutural em tempos de pandemia
A data de hoje, 13 de maio, marca a abolição da escravidão no Brasil, com a princesa Isabel assinando, em 1888, a Lei Áurea. Ao contrário do que muitos pensam, isso não significou o fim do racismo do Brasil, nem do sofrimento da população negra. Apesar da promulgação da lei, o governo não se preocupou em criar políticas reparatórias, nem de enfrentamento ao racismo, já impregnado na sociedade. O racismo impediu que os ex-escravos fossem contratados de forma remunerada. Isso resultou em muitas mortes e na ocupação em condições sub-humanas para sobrevivência.
 
Toda essa situação gera reflexos ainda nos dias atuais. A maior parte da população negra ocupa os postos de trabalhos mais precários, estão na informalidade, mal remunerados e submetidos a contratações sem qualquer direito trabalhista.
 
Diante disso, negras e negros fazem parte da população em vulnerabilidade social do país. Neste contexto de pandemia, são os mais atingidos pelo coronavírus. Não é por acaso que a população negra é cinco vezes mais atingida pela COVID-19.
 
Pensando no marco da abolição da escravidão, o racismo estrutural e o atual contexto da pandemia, a Adusb entrevistou três professoras da UESB:
 

Alda Souza | professora do DCHL - Departamento de Ciências Humanas e Letras da UESB, sobre a realidade das políticas sociais adotadas pelos governos durante a pandemia. Leia aqui.

Núbia Moreira | Professora do DFCH - Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da UESB, sobre as mulheres negras e pandemia. Leia aqui.

Edmacy Quirina| Professora do DCHEL - Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem da UESB, sobre políticas educacionais adotas pelos governos nesse momento de isolamento social. Leia aqui.