Na sexta-feira (26), a diretoria da Adusb realizou mais uma atividade de solidariedade em Vitória da Conquista. Foram doados 150 kits com álcool gel e máscaras para trabalhadores do Ceasa. Na oportunidade os docentes também estenderam faixas de combate ao fascismo e em defesa das liberdades democráticas, respeitando o distanciamento social. A ação faz parte da campanha A Solidariedade Resiste, iniciativa do sindicato para contribuir com a parcela da população mais afetada pela pandemia.
“Na atual conjuntura de profundos ataques aos direitos e às condições de trabalho da classe trabalhadora é fundamental que nossa seção sindical esteja ao lado dos trabalhadores que mais precisam, politizando as ações da campanha A Solidariedade Resiste e procurando mostrar que podemos ocupar as ruas de forma responsável, sem colocar em risco a população. Além disso, estamos ajudando na prevenção da COVID-19, demonstrando na prática que só a solidariedade de classe e a atuação política podem reverter o atual quadro que se abate sobre todos nós”, afirma Alexandre Galvão, vice-presidente da Adusb.
Pobres morrem mais de COVID-19
Segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças, na semana passada, as mortes por COVID-19 no Brasil corresponderam a 20,7% do total das ocorridas no mundo. A informação é alarmante, já que o país possui 3% da população mundial.
O cenário é ainda mais grave para os pobres. De acordo com a pesquisa do professor da USP, Paulo Lotufo, bairros de baixa renda de São Paulo possuem 60% mais mortes se comparados aos ricos. A desproporcionalidade de efeitos da pandemia entre ricos e pobres ocorre também em todo país.
Moradores de zonas periféricas possuem dificuldades de acesso a recursos essenciais para o combate ao coronavírus, como água e saneamento básico. Além disso, 36,7% dos brasileiros são trabalhadores informais e 12,9% da população está desempregada. Isso torna impossível o isolamento social para estas trabalhadoras e trabalhadores, que não recebem o suporte material necessário dos governos e continuam na luta por seu sustento e de suas famílias, ficando mais suscetíveis à infecção por coronavírus.
Alexandre Galvão ressalta que “não há dúvida que são os trabalhadores e as trabalhadoras que estão pagando com suas vidas pelas ações irresponsáveis de gestores que propagam políticas homicidas. Apesar das mais de 60 mil mortes no nosso país, ainda não acreditam no isolamento social e não investem em uma política de assistência social”.
Faça sua doação para campanha A Solidariedade Resiste
Associação dos Docentes da UESB
CNPJ 13.273.859/0001-16
Banco Cooperativo do Brasil S.A. - BANCOOB (756)
Agência: 3237
Conta Corrente: 30.120-5
Adusb com informações da BBC, Folha de São Paulo e G1.