29 de agosto é Dia da Visibilidade Lésbica: vamos lutar contra a LGBTfobia e o machismo

Neste sábado (29), celebra-se o Dia da Visibilidade Lésbica. Em um cenário ainda de desrespeito à escolha sobre a orientação sexual e diante de um governo conservador e reacionário, é preciso marcar a data como um dia de combate ao preconceito, ao machismo e à LGBTfobia.

A data foi instituída em 1996, após a realização do 1º Seminário Nacional de Lésbicas, organizado no Rio de Janeiro. Não apenas o dia 29, mas todo o mês de agosto é marcado pela reflexão sobre a luta contra a violência deste setor oprimido.

Essas mulheres são submetidas à dupla opressão do machismo e da lesbofobia (preconceito contra lésbicas). Essa triste realidade ainda as invisibiliza e faz com que sejam submetidas a muito preconceito e crimes de ódio. Outra violência sofrida por elas é o chamado estupro corretivo, ação perversa e criminosa de homens com a suposta intenção de mudar sua orientação sexual.

É diante desta triste realidade que, pelo menos, 126 mulheres foram mortas no Brasil por serem lésbicas nos períodos de 2014 e 2017. Neste mesmo período, houve um aumento 150% de mortes deste segmento, de acordo com dossiê, divulgado em 2018, por um grupo de estudo sobre lesbocídio da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Mulheres como Luana Barbosa, mulher, negra e lésbica que, em 2016, foi espancada por policiais militares ao se recusar a ser revistada por homens, e acabou morrendo.

Roda de conversa virtual Setorial LGBT da CSP-Conlutas para marcar a data

Como parte das ações para a data o Setorial LGBT da CSP-Conlutas vai realizar uma conversa virtual sobre a visibilidade lésbica e bissexual,  neste sábado,  às 16h. A atividade ocorrerá através da plataforma Zoom, (acesse o link)

Veja também o vídeo do setorial em alusão ao dia, clicando aqui.

Mulheres lésbicas e o relato de sua realidade

Como parte da luta contra esse cenário ainda desolador para mulheres lésbicas, o Movimento Mulheres em Luta, filiado à CSP-Conlutas, lançou uma campanha especial, em suas redes sociais, para marcar a data, com declarações de mulheres lésbicas sobre a sua realidade.

 “Ser negra e lésbica nessa sociedade é encontrar muitas portas fechadas quando se procura emprego em ditas “boas empresas”. É ser previamente desqualificada e, por conta disso, ter que ficar provando o tempo todo que você é boa no que faz, pois sua capacidade é sempre colocada em xeque. É ver seus amigos de infância e adolescência se afastarem de seu convívio”, relatou Rosimeire Soares.

“Ser uma mulher lésbica e operária é difícil porque o preconceito é uma coisa muito ruim. Ser discriminada no trabalho e na rua, não poder andar de mãos dadas. Até encontrar trabalho é difícil, por isso, temos que lutar para mudar essa situação”, relatou Marines Almeida Barros.

Confira todos os relatos na página do facebook do movimento

Todo apoio!

A CSP-Conlutas entende que é tarefa das organizações da classe, os sindicatos, movimentos populares e do campo, de juventude e de todos os trabalhadores(as) combater a LGBTfobia, pois o preconceito que divide os trabalhadores e trabalhadoras só serve aos de cima, para manter a dominação sobre toda a nossa classe.