Fevereiro é marcado por campanhas da Adusb contra a Reforma Administrativa e retorno das aulas presenciais
Placa localizada nas proximidades do Parque da Lagoa em Itapetinga

Para a Adusb, construir a luta em defesa dos servidores e serviços públicos é colocar a vida a população brasileira como prioridade, especialmente em tempos de pandemia. Portanto, fevereiro foi marcado pela realização de campanhas contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e o retorno das aulas presenciais. Outdoors, spots em rádios e carros de som circularam nas cidades de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga.

A Reforma Administrativa prejudica você

A Reforma Administrativa está em tramitação na Câmara dos Deputados e, se aprovada, precarizará ainda mais as condições de trabalho dos servidores federais, estaduais e municipais. O projeto permite contratações sem a realização de concursos, facilitando esquemas de corrupção, como as rachadinhas, dentre outros ataques. Sem estabilidade no emprego, servidores públicos poderão ser coagidos, o que pode dificultar a realização de atividades ou divulgação de informações de interesse público, mas que contrariam os desejos dos governos.

Confira os spots 1, 2 e 3 da campanha contra a Reforma Administrativa.

Outdoor em Vitória da Conquista

“Temos visto todos os impasses e dificuldades do processo de vacinação no Brasil por conta de uma política negacionista do governo Bolsonaro. Se não tivéssemos uma ANVISA construída por servidores públicos concursados e que não devem favores políticos, por exemplo, a situação no país poderia ser muito mais complicada. Portanto, ao prejudicar os servidores e os serviços públicos, a Reforma Administrativa prejudica também a população de forma geral”, afirma Soraya Adorno, presidente da Adusb.

Aulas presenciais só com vacinação de todas e todos

Os servidores da educação enfrentam ainda outro grande desafio no momento. O mercado continua a pressionar os governos para o retorno das aulas presenciais, mesmo sem o fim da pandemia no Brasil.

Ouça o spot 1 e o spot 2 da Adusb contra a volta das aulas presenciais.

Na Bahia, o governador Rui Costa apesar de não ter definido ainda um calendário para o retorno das aulas presenciais, segue com a discussão de protocolos de segurança com esse intuito. O Sindicato dos Donos das Escolas Particulares chegou a conquistar liminar para o retorno imediato das aulas presenciais. No entanto, a decisão foi derrubada na noite do dia 15 de fevereiro.

Moto som leva campanha da Adusb aos bairros de Jequié

Segundo a nota conjunta da ADUSB com o Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP), Sindicato os Professores do Estado da Bahia (SINPRO) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), “no Brasil a experiência com a reabertura de escolas é escassa, mas, ainda assim, preocupante. O estado do Amazonas foi o primeiro a retomar atividades presenciais em escolas no ano passado, ainda no mês de agosto. Após 20 dias de reabertura das escolas, o estado já registrava 342 (sim, mais de trezentos) profissionais da educação infectados/as com a COVID-19. Apesar das denúncias, nada se fez. O desdobramento disso é o triste e cruel quadro de calamidade que infelizmente aflige toda a população amazonense, vítima das políticas negacionistas e genocidas de governos das três esferas. Mas, vítima também da parcela da população que infelizmente se deixou levar por esse discurso negacionista”.

A presidente da Adusb ressalta que “decidimos levar essa campanha contra o retorno das aulas presenciais para as ruas por entendermos que esta é uma pauta importante na defesa da vida da população. Ao contrário do que dizem os negacionistas, nós professores continuamos trabalhando, até mesmo mais do que antes, com o ensino remoto. Nossas vidas não valem mais do que a de ninguém e por isso mesmo não podemos permitir que mais mortes aconteçam por pressão de quem continua a lucrar com as mortes de trabalhadoras e trabalhadores. Aulas presenciais só depois que todos forem vacinados”.