Comunicado da comissão eleitoral - 14 de dezembro de 2012

A Comissão Eleitoral da Adusb, no uso de suas atribuições encaminha – mediante solicitação da chapa “Autonomia e luta” - aos filiado(a)s o material de campanha referente às eleições da Adusb biênio 2012-2014.

 

CHAPA 1 - AUTONOMIA E LUTA (GESTÃO 2012/2014)

ELEIÇÃO ADUSB – DIAS 17 E 18 DE DEZEMBRO

A ADUSB (Associação de Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) ao longo de quase 30 anos de história tem lutado, com importantes conquistas, em defesa dos direitos dos docentes da UESB, balizada por um projeto de universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada, construído democraticamente nos fóruns de nosso sindicato, o ANDES-SN. 

Nos dias 17 e 18 de dezembro deste ano teremos mais um processo eleitoral para a diretoria da ADUSB. Este é um momento privilegiado de fortalecimento da nossa seção sindical, do papel político e social dos professores da UESB e de consolidação do nosso projeto de universidade frente à comunidade acadêmica. A formação de uma chapa com 19 docentes dos três campi expressa a inserção da ADUSB na realidade multicampi e afirma o envolvimento dos seus filiados com a luta sindical contra a exploração do trabalho docente.

A perda salarial dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, acompanhada da supressão de direitos via desregulamentação das leis trabalhistas, é produto de mais uma investida para superar a crise do capital. Nessa conjuntura, os movimentos sociais têm implementado lutas em defesa dos direitos conquistados e contra a expropriação do trabalho.

A cada crise do capitalismo, verificam-se novas ofensivas do capital no sentido de subtrair os direitos dos trabalhadores, comprimir os salários dos servidores públicos e reduzir no orçamento a verba destinada à área social. No Brasil, o setor público tem sido o alvo privilegiado desses ataques, tanto no setor federal quanto nas esferas estadual e municipal com arrochos salariais e intensa precarização do trabalho. Esta realidade tem sido o motivo de tantas lutas e greves que vêm sacudindo o Brasil de norte a sul e que, em alguns casos, levaram os governos federais e estaduais a recuarem em suas políticas neoliberais de ataque aos trabalhadores.

Na área da educação, particularmente nas universidades, como resultado da intensificação do trabalho, avançam as políticas acadêmicas produtivistas e as políticas de contingenciamento dos recursos destinados às universidades. Daí a grande campanha de diversos movimentos sociais em defesa da destinação de 10% do PIB para a educação.

No caso da Bahia não tem sido diferente. Apesar de alguns avanços conquistados pelo movimento docente nos últimos vinte anos - regularização da concessão de Dedicação Exclusiva (Reivindicação da Greve da D.E de 1993), o Estatuto do Magistério Superior (greve unificada em 2000 e 2002) e a incorporação aos salários da GEAA e da CET (Greves de 2005, 2007 e 2011) - os desafios são muitos, pois os salários se encontram defasados se comparados com o do ano de 1990 e com os salários dos docentes das universidades estaduais do Nordeste; os recursos para permanência estudantil são insuficientes; as condições de trabalho dos docentes são precárias; a infraestrutura não acompanhou a expansão dos cursos de graduação e pós-graduação; e a autonomia universitária continua maculada com a manutenção da 7176/97. Além desses problemas, o governo sinaliza para mais um ataque com a elaboração do PL que visa destinar apenas 5% da RLI para as UEBA. Tal medida, na prática, significa o estrangulamento orçamentário, mais precarização do trabalho e aprofundamento da crise do ensino superior público baiano. 

Nesse contexto, é de fundamental importância o fortalecimento do movimento docente e do nosso sindicato para fazer frente aos ataques que se projetam contra a categoria docente e contra as UEBA. Nós, professores e professoras, que compomos a chapa Autonomia e Luta, nos apresentamos nesse processo eleitoral de 2012 com o compromisso de defender a universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada. Vamos lutar pelo cumprimento do Estatuto do Magistério Superior; por melhores salários e condições de trabalho; pela autonomia da universidade; por mais verba para as UEBA; pelo reforço do caráter multicampi de nossa seção sindical e pela estruturação da política de permanência estudantil.

A nossa gestão manterá a autonomia do sindicato diante dos governos, da reitoria e dos partidos políticos, respeitando as decisões construídas de forma democrática por meio das deliberações nas nossas assembleias docentes. 

A Chapa Autonomia e Luta assume o compromisso de lutar por:

Trabalharemos para:

Conheça os candidatos que compõe a chapa "Autonomia e luta".

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