Outubro de Luta: depois de Fortaleza, Teresina e São Luís, novos atos aconteceram na sexta-feira (23) em Natal (RN), São José dos Campos (SP) e no Rio de Janeiro.
CSP- Conlutas

Na quinta-feira (22), três manifestações, em Fortaleza(CE)  Teresina (PI) e São Luís (MA), foram realizadas como ação do Outubro de Luta, e mostrou uma diversidade forte nas ruas, com a presença de muitas categorias de trabalhadores. Esta característica das recentes mobilizações teve forte expressão na Marcha Nacional dos Trabalhadores, e segue firme nos atos deste mês de lutas.  

Na sexta-feira (23), o cenário não foi diferente nas três cidades em que houveram manifestações.  
Em Natal, servidores da saúde, professores, bancários, estudantes e garis colocaram seus blocos na rua desde o início do dia, com um ato público em frente à Secretaria Estadual de Saúde Pública. Lá servidores da saúde da Região Metropolitana e de cidades como Mossoró, Santa Cruz cobraram agilidade no cumprimento dos acordos de greve e a manutenção do adicional de insalubridade dos servidores municipalizados.   Além disso, representantes do Sindsaúde e do Sindconam (Sindicato dos Condutores de Ambulância do RN) participaram de uma audiência com a secretaria, para cobrar o fim das perseguições aos diretores do sindicato no SAMU-RN. 

 

Estudantes da escola Interventor Ubaldo Bezerra de Melo se uniram aos professores na luta pela reforma da escola e pela educação pública. A oposição ao Sindicato dos Profissionais de Educação cobrou a ruptura da CUT com os governos, e denunciou os ajustes fiscais.   A caminhada passou por uma agência do Banco do Brasil, onde um grupo de bancários que mantinha o piquete de greve foi bastante aplaudido. “O bancário é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”, cantaram os manifestantes. No local foram feitas diversas falas, de partidos políticos, sindicatos, do Movimento Mulheres em Luta (MML).  

 Em São José dos Campos, São Paulo, trabalhadores de diversas categorias foram às ruas para protestar contra o governo de Dilma (PT), PMDB, PSDB e os demais partidos que defendem o ajuste fiscal e os ataques aos direitos dos trabalhadores.   Um dos destaques da manifestação foram os bonecos infláveis representando a presidente Dilma e o líder do PSDB, senador Aécio Neves, principal representante da oposição de direita ao governo. Os bonecos atraíram a atenção da população e serviram para denunciar que PT, PSDB e outros grandes partidos defendem a mesma política econômica que favorece os grandes empresários e banqueiros. 

No Rio de Janeiro, além de diversas categoria, estiveram presentes movimentos populares para denunciar ataques sociais sérios contra a classe trabalhadora, sobretudo as mulheres, por parte do Congresso conservador.   Marcela Azevedo, da Executiva Nacional do MML (Movimento Mulheres em Luta), citou o PL de Eduardo Cunha, aprovado na CCJ, que proíbe a distribuição da pílula do dia seguinte como método contraceptivo para mulheres vítimas de violência sexual. “Desde o início do governo do PT as pautas dos setores oprimidos como o kit anti-homofobia e o debate sobre a legalização do aborto, foram usados como moeda em troca de apoio dos setores conservadores ao seu mandato. E os ataques continuam! Não vamos aceitar caladas!”, interviu durante a manifestação.   Na cidade carioca, uma importante categoria presente no ato foi a de petroleiros, que devem iniciar greve nacional no próximo dia 29. A manifestação demonstrou a indignação dos trabalhadores diante de demissões em massa, como os operários do COMPERJ, complexo que teve suas obras paralisadas, e de outros milhares, que perderam seus empregos nos estaleiros, nas montadoras e no setor de autopeças.   Segundo a CSP-Conlutas RJ, “em cada 10 trabalhadores fluminenses, apenas três têm alguma estabilidade, cerca de cinco não têm carteira assinada e pelo menos um está desempregado”. Os trabalhadores, deste modo, encontram mais dificuldades para ter acesso ao seguro desemprego, ao PIS e muitos sequer receberam os salários atrasados e as indenizações.   Com a fala de representantes de entidades e de movimentos sociais, o ato teve fim por volta das 20h30 na Cinelândia.     Confira abaixo a cobertura dos atos que ocorreram em Fortaleza,  Teresina e São Luís   O chamado para a realização de manifestações nos estados contra Dilma Dilma-PT, Cunha, Temer e Renan-PMDB e Aécio-PSDB, foi atendido.  Centenas de trabalhadores participaram de realizaram atos em Fortaleza (CE), Teresina (PI) e e m São Lúís (MA), nesta quinta-feira.   Em Fortaleza, a manifestação foi marcada pela pluralidade e representatividade. O impacto foi muito grande no centro da cidade. O comércio fechou pela divulgação do ato e as ruas foram tomadas por trabalhadores. 
 

Ao menos 800 manifestantes representados por operários da construção civil, motoristas, cobradores, servidores da saúde, judiciários, vigilantes, trabalhadores do campo, professores, bancários em greve, em unidade com movimento popular e estudantil, participaram da marcha no centro de Fortaleza.   “Assim como o ato do dia 18 de setembro em São Paulo, que deu um gás para a nossa militância, o ato estadual também foi muito significativo do ponto de vista político, pois conseguiu unificar todos os trabalhadores”, salientou o dirigente da CSP-Conlutas Ceará Zé Batista. 

Em Teresina, o outubro também foi marcado por atos de categorias de servidores públicos e por uma plenária de estudantes.  Já nas primeiras horas da manhã, às 7h, houve um piquete em frente à Companhia de Águas e Esgoto do Piauí (Agespisa) que sendo privatizada. Às 9h, foi a vez dos professores protestarem em frente á Semec (Secretaria de Educação) com o assédio moral e o fechamento das escolas. À noite, estudantes da Universidade Estadual do Piauí realizaram um debate contra a violência no campos. As atividades no outubro de luta seguem na cidade na próxima semana, com plenária, na segunda-feira, no Sindserm Teresina para preparar os próximos passos das mobilizações e a marcha da periferia no estado.  

A classe trabalhadora, através de suas organizações está colocando seu bloco na rua para construir um terceiro campo, daqueles e daquelas que lutam, contra o governo de Dilma (PT) mas também contra Aécio (PSDB), Renan, Cunha e Temer (PMDB). 

Em São Luís, o dia de luta teve concentração na praça João Lisboa e depois saímos pela rua grande (principal rua do comércio no centro) com som e panfletário. Integraram o ato CSP-Conlutas, Apruma, Anel, MML, Sindicato dos Bancários, Sinasefe – Maracanã e Monte Castelo Sintrajufe, Sindsalem, Unidade Classista, Quilombo Urbano, Quilombo Raça e Classe, PCB, PSTU   Próximos atos  Essas atividades compõem a jornada de luta de outubro, que continua com outras atividades marcadas para essa  semana  em Belo Horizonte (MG), no dia 28 de outubro, e no dia 29 em Belém (PA).