Fórum das Ads se reúne com Fórum de Reitores
Foto: Aduneb

Na sexta-feira (16), o Fórum das ADs se reuniu com o Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia, na UNEB, campus Salvador. Na ocasião, o movimento docente cobrou comprometimento com os direitos trabalhistas e com o aumento do orçamento das universidades. A criminalização da comunidade universitária também foi pauta da reunião.

Criminalização da Comunidade Universitária

O Movimento Docente questionou a postura dos gestores diante dos atos de violência do Governo Rui Costa (PT). Apesar da brutalidade dos atos, o Fórum de Reitores apenas tem se manifestado por meio de nota.

No dia 22 de agosto, professores foram agredidos por seguranças do governador durante inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Vitória da Conquista. O reitor da Uesb chegou a classificar a violência promovida por seguranças de Rui Costa como um “incidente”. Em 01 de setembro, estudantes da Uneb foram agredidos e ameados pela Polícia Militar (PM) durante manifestação pelo “Fora Temer”. O Fórum de Reitores não se manifestou sobre o assunto.

Direitos Trabalhistas

Com o anúncio do aumento de 12 milhões destinados à Uesb, os docentes cobraram dos gestores uma atuação firme, junto ao Governo, para garantir direitos trabalhistas. Progressões, promoções e mudanças de regime estão paradas por falta de orçamento e por falta de vagas. Nenhum compromisso foi assumido pelo Fórum de Reitores.

Licença Sabática

O Fórum de Reitores continua atuando como gerente do Governo Rui Costa, aplicando as medidas arbitrárias impostas pelo poder executivo. Reitores e Reitora optaram por não construir um entendimento comum sobre o reconhecimento da licença sabática como um direito adquirido para os docentes com mais de sete anos no efetivo exercício do magistério superior até a publicação da lei 13.471/15. Tal postura só evidencia a falta de compromisso dos gestores com direitos trabalhistas e facilita a ação do Governo.

Adicional de Insalubridade

As Ads cobraram celeridade na contratação da empresa para aferir o risco químico nas universidades. Em reunião realizada em 08 de setembro, o Superintendente de Recursos Humanos, Adriano Trambone, se comprometeu a agilizar a burocracia e o recurso financeiro. Os reitores afirmaram que estão avaliando se a melhor forma de contratação seria a individual ou coletiva, através de consórcio. O impasse em relação ao corte do adicional de insalubridade já dura 09 meses e os gestores ainda estão avaliando encaminhamentos que deveriam ter sido providenciados há muito tempo.

A postura dos Reitores e da Reitora é lamentável! Esquecem que foram eleitos pela Comunidade universitária e continuam atuando como prepostos do poder executivo.