Reforma Trabalhista é aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado

Senadores que estão até o pescoço  envolvidos em escândalos de corrupção aprovaram na noite desta quarta-feira (28) a Reforma Trabalhista na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. O relator do projeto é o senador Romero Jucá (PMDB-RR), citado na Lava Jato, que conseguiu o apoio de seus comparsas para aprovar a proposta, com 16 votos a favor, 9 votos contra e 1 abstenção.

Esta é a última comissão de apreciação da matéria que segue agora para o plenário do Senado.

O objetivo é encaminhar a toque de caixa o projeto e existe a possibilidade de o texto tramitar em regime de urgência, o que deve ser votado ainda nesta quinta-feira (29). Com isso, a matéria deverá ser votada na próxima semana.

Com o avanço da Reforma na CCJ, o presidente Michel Temer – indiciado por corrupção pelo STF (Supremo Tribunal Federal) – quer mostrar que ainda tem condições de governar para os ricos. Afinal, essa reforma acaba com os direitos dos trabalhadores e atende aos interesses das grandes empresas e bancos.

As mais de 100 alterações feitas pela medida vão rasgar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Representam uma brutal perda de direitos históricos, ao prever que as negociações entre a patronal e os empregados tenham mais força que a lei. A medida prevê o fatiamento das férias, aumenta a carga horária de trabalho, a diminuição do horário de almoço, entre outros pontos, que tem o único propósito de facilitar para o patrão explorar ainda mais os trabalhadores.

Greve Geral neles

Por isso, a resposta dos trabalhadores deve ser nas ruas com uma forte greve geral nesta sexta-feira (30). A classe trabalhadora não pode aceitar que seus direitos sejam retirados por esse Congresso composto por corruptos e ladrões.

“Esse Congresso que está atolado na corrupção não pode impor ao povo um retrocesso como eles querem fazer. É necessário reforçar a greve geral. Vamos parar o transporte, as fábricas, os bancos, as escolas. Não podemos suportar essa situação em que eles querem arrancar todos os nossos direitos, é preciso responder com uma forte greve geral”, convocou o dirigente da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Os trabalhadores estão dispostos a parar o país e diversos segmentos aderiram à greve geral. Atos, passeatas assembleias também estão previstas para acontecer  (confira o quadro da greve).

Não vamos deixar que mexam em nossos direitos. Contra as reformas, fora Temer e os corruptos do Congresso Nacional!

Fonte: CSP-Conlutas