Greve Geral: docentes da Uesb fortaleceram mobilização no dia 30 de junho

Na sexta-feira (30 de junho) diversas categorias paralisaram suas atividades contra Temer e os ataques aos direitos dos (as) trabalhadores (as). Manifestações foram registradas em todos os Estados e no Distrito Federal pelo fim das contrarreformas da previdência e trabalhista e revogação da lei da terceirização. Na Uesb, os portões dos três campi foram trancados e as atividades docentes suspensas.

O Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista, com a presença da Adusb, realizou piquetes, desde as primeiras horas do dia, nas entradas das garagens das empresas que atuam no transporte coletivo do município. Representantes da Viação Cidade Verde chegaram a quebrar o carro do Sindicato dos Bancários que participava da atividade. Uma panfletagem também ocorreu no centro da cidade com o objetivo de ressaltar a importância do avanço da organização dos trabalhadores e a necessidade de barrar a agenda neoliberal, independente de governos.

Docentes da UEFS, UESC e UNEB também integraram a greve geral na Bahia. A forte mobilização nacional suspendeu a circulação de ônibus em Salvador, Recife, Goiânia, Belém e Brasília. O metrô foi paralisado completamente em Belo Horizonte e Brasília.

Confira a participação dos (as) docentes na Greve Geral. 

Tramitação das Contrarreformas

Negando as vozes das ruas, a base do governo de federal pressiona para a aprovação da reforma trabalhista no Senado. A expectativa é que a votação ocorra antes do recesso de julho, que deve se iniciar no dia 18. Para isso, os parlamentares votarão o regime de urgência do PLC 38/2017 no dia 04 de julho, numa manobra para acelerar a retirada de direitos trabalhistas. Em consulta pública no site do Senado, 95% dos votantes são contrários à aprovação da reforma.

A força apresentada pelas greves gerais e as denúncias contra o presidente ilegítimo Michel Temer no Supremo Tribunal Federal (STF) enfraqueceram o governo. Prova disso foi o adiamento da votação das mudanças nas regras para aposentadoria e benefícios assistenciais. A reforma da previdência está paralisada na Câmara de Deputados, mas já está pronta para apreciação no plenário da Casa.

PGR pede inconstitucionalidade da Lei da Terceirização.

Nenhum direito a menos

As mobilizações da classe trabalhadora nos últimos meses demostraram disposição à luta na defesa dos direitos sociais e trabalhistas. O momento é de fortalecimento e análise cautelosa do reordenamento da classe política para garantir que nenhum direito seja retirado, independentemente da retirada ou não de Michel Temer da Presidência da República. Não recuaremos! Fortalecer as lutas é essencial para impedir os retrocessos nas condições de vida dos (as) brasileiros (as). Para tanto, a CSP-Conlutas e o Andes-SN defendem a construção de uma greve geral de 48h horas. Seguiremos em luta!

Fonte: Adusb com informações da CSP- Conlutas e Agência Senado.