Falta de concursos prejudica curso de Psicologia da Uesb

 

Em meio a atual crise nas universidades públicas, a insuficiência do quadro docente é mais um fator que prejudica a qualidade do ensino. Na Uesb, o curso de Psicologia tem funcionado com um quadro mínimo de servidores. São 12 docentes, sendo necessária a habilitação de mais 10 para o atendimento de todas as demandas da área. Para isso, desde 2013, ano de entrada da primeira turma, o Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (onde estão lotados os/as docentes da área de Psicologia) vem solicitando a abertura de concurso para o suprimento dessas vagas, porém, sem resposta do governo estadual. O problema acontece também em diversos cursos da Uesb.

O concurso é necessário, pois o atual quadro docente da Área Psicologia trabalha numa jornada dupla atendendo às disciplinas próprias e as solicitações de disciplinas obrigatórias dos cursos de Direito, Administração e Ciências Contábeis, além das Licenciaturas (Letras, Pedagogia, Matemática, Filosofia, História, Ciências Sociais, Geografia) o que, muitas vezes impossibilita a oferta de algumas disciplinas no semestre vigente. Carmem Virgínia, professora e coordenadora do Colegiado de Psicologia, diz que “a falta de oferta de disciplinas num semestre acarreta um acúmulo de atividades para o semestre subsequente” e “quando as matérias são ofertadas dessa forma há o comprometimento do bem-estar do aluno”.

A sobrecarga de trabalho decorrente da falta de professores (as) provoca o adoecimento e compromete a vida pessoal dos (as) docentes. Carmem Virgínia finaliza dizendo que a solução para todas essas questões é a abertura de concurso e que “as justificativas de vagas e as solicitações para a área de Psicologia já foram encaminhadas e aprovadas pelas instancias internas da universidade, porém esses processos estão parados em Salvador”.

A Adusb se posiciona contra a inércia do governo estadual em atender às solicitações da Área de Psicologia e tantos outros que estão com funcionamento prejudicado pela negativa do Governo Rui Costa de realizar os concursos públicos necessários.