Reajuste anual da Unimed é discutido pela categoria

Em assembleia, nesta quarta-feira (7), os docentes da Uesb definiram o reajuste anual da Unimed em 2,95% até maio. No referido mês haverá uma análise da sinistralidade do convênio no período janeiro-maio, cujo valor irá determinar o reajuste para o próximo período. A proposta inicial apresentada pelo plano foi de 17,93%.

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Entenda o cálculo do reajuste

A sinistralidade é a relação entre o “custo assistencial” e a receita do plano, conforme explica o documento da Unimed (veja aqui). Em 2017, o índice ficou em 92,08%, quando o valor contratual é de 75%, segundo informações prestadas pela Unimed.

Conforme acordo entre assembleia e o plano de saúde, nos meses de janeiro a maio o reajuste será de 2,95%. Em junho será calculada a sinistralidade de 2018. Se o valor superar 80%, será aplicado reajuste de 7,02% sobre os valores de dezembro de 2017. Ficando igual ou inferior a 80%, será mantido o valor de mensalidade dos meses anteriores.

Em novembro, uma nova avaliação será feita para o período de junho a outubro, onde será aplicado novamente o critério de sinistralidade. Se o índice ficar igual ou inferior a 80%, será aplicado índice de 2,95% em relação a mensalidade de dezembro de 2017. Se ficar acima de 80%, será aplicado reajuste de 7,02% em relação a mensalidade de dezembro de 2017.

Durante a assembleia, o presidente da Adusb, Sérgio Barroso, enfatizou a falta de reposição salarial da categoria nos últimos três anos, por isso a insatisfação da diretoria e da assembleia em aprovar o reajuste. Docentes presentes na assembleia apresentaram várias contrapropostas e ressaltaram a dificuldade em manter o plano de saúde devido a quantidade de dependentes, outros reforçaram a falta de qualidade no atendimento da cooperativa.

Após ampla discussão de algumas horas e apresentação de várias alternativas, a metodologia e índices acima foram aprovados pela assembleia. A Unimed ficou responsável por enviar as mudanças no reajuste, desconto e análise da sinistralidade em 2018.

Histórico de negociação

Em dezembro de 2017, a proposta enviada a Adusb foi um reajuste de 17,93%, valor justificado pela cooperativa de saúde devido ao índice alto de sinistralidade da categoria (92,8%), bem como a inclusão de 18 novos procedimentos, a oferta de medicamentos orais contra o câncer e para o tratamento de esclerose múltipla.

Em resposta, a diretoria da Adusb afirmou não “poder autorizar qualquer reajuste superior ao índice da inflação 2017” e que qualquer aumento acima disso deveria ser debatido em assembleia dos docentes.

Foi pontuado ainda que a categoria não recebeu correção salarial nos últimos três anos e que mesmo com perdas salarias de 21,1%, a Unimed acumulou um reajuste de 16,18% (8,44% em 2016 e 7,14% em 2017) por meio do contrato com a associação. Além desse superávit, foi destacado o impacto do reajuste proposto na renda média da categoria que resultaria em perda de poder aquisitivo e possíveis evasões do plano.

O reajuste da Unimed era um dos pontos de pauta da assembleia do dia 27 de fevereiro em Itapetinga, porém, com a impossibilidade da presença de representantes da cooperativa, foi adiado. Assim, a negociação e os novos contornos do contrato foram definidos na assembleia do dia 7 de março, em Vitória da Conquista.